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SUA CARREIRA
Pesquisa coloca cursos de MBA em xeque
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Quem quer turbinar o currículo
com um MBA (Master in Business Administration) pode começar a se planejar para o próximo
ano.
Contudo, não se devem jogar
todas as fichas nessa opção. A especialização ajuda, mas não significa que vá haver melhora automática na carreira.
O prestígio do curso tem sido
posto em xeque. Estudo feito pelos pesquisadores Jeffrey Pfeffer e
Christina Fong, da Universidade
Stanford (EUA), foi atrás de uma
ligação entre o MBA e a remuneração futura. Segundo a conclusão, quem não o cursou não se sai
pior do que os profissionais que o
agregaram ao currículo.
"Nos EUA, muitos vêem o MBA
como um investimento certo para
aumentar o salário, mas o retorno
depende de um conjunto de fatores, como o desempenho", diz Irineu Gianesi, coordenador do
MBA executivo do Ibmec.
Outro levantamento, feito pelo
Aspen Institute (organização dos
EUA sem fins lucrativos, com foco em liderança) com mais de
2.000 alunos de MBA, constatou,
ao final do curso, uma mudança
nas prioridades dos executivos
-deslocada da qualidade dos
produtos e das necessidades dos
clientes para os acionistas.
A pesquisa mostra também que
os profissionais se sentem inseguros sobre como a responsabilidade social pode contribuir para o
sucesso dos negócios, mas gostariam de aprender mais sobre isso.
Mudanças
Para Heitor Peixoto, diretor de
admissões e operações da Business School São Paulo, a mentalidade dessa preparação está mudando. "Deixa de ser uma verdade que os CEOs (chief executive
officers) devem apenas maximizar os lucros da empresa. A visão
de curto prazo e de lucro a qualquer custo está sendo reavaliada."
Apesar de alguns profissionais
verem o MBA como requisito indispensável, especialistas da área
discordam. "O curso não é recomendável para todos", diz Peixoto. Ele diz que é mais útil para profissionais com muito conhecimento específico ou técnico que
querem capacitar-se para exercer
funções gerenciais ou pretendem
mudar de área na empresa.
"Também não será produtivo
para quem não tiver condições de
aplicar o que aprende em seu dia-a-dia na companhia", afirma.
A experiência profissional é requisito fundamental para matricular-se em um curso de MBA.
No Ibmec, por exemplo, a média
dos alunos é de 34 anos de idade e
de 12 de experiência.
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