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ENSINO A DISTÂNCIA
Tecnologia possibilita união de alunos de países diferentes em uma mesma turma
Internet e telefone ganham dimensão de uma sala de aula
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O professor de inglês pede aos
alunos que observem a foto de um
homem de terno e gravata em
frente a uma prateleira cheia de livros. E pergunta: "Qual é a profissão deste homem?". Os alunos levantam as mãos. Cada um responde de uma vez, dando asas à
imaginação. É uma aula de inglês
comum, a não ser por um detalhe:
cada um, professor e estudantes,
está em um país diferente.
Será o fim da era dos cursos em
fascículos? Hoje, escolas como a
Englishtown e a GlobalEnglish
têm chats de voz e outras ferramentas que permitem ao aluno
estar em classe na hora em que
quiser, sem sair de casa (veja lista
de contato das escolas na pág. 15).
Clicando em um botão em forma de mão, o aluno pede licença
para falar. Ele é ouvido e pode ouvir a todos através de um fone de
ouvido com microfone. As duas
escolas oferecem acesso livre 24
horas por dia. Na Englishtown,
porém, as aulas de conversação,
que acontecem a cada hora cheia,
são limitadas a 30 por mês.
"Tenho três filhos pequenos e
não posso sair. A internet foi a
maneira que encontrei para voltar
a estudar", conta a analista de informática Claudia Giglio, 35.
"Tem de ter disciplina", afirma.
Por telefone
Na Companhia de Idiomas (inglês, francês e espanhol), a opção
é do aluno. Ele pode fazer aulas
presenciais e complementar com
módulos a distância ou comprar
apenas os últimos, que não se restringem à internet. O telefone e o
e-mail também viram ferramentas de ensino e fazem sucesso entre os executivos, que dependem
de ligações internacionais e de
mensagens eletrônicas em outra
língua para fechar negócios.
Para estudar alemão, os sites da
Deutsche Welle e do Instituto
Goethe são os principais. O primeiro tem um curso inteiramente
pela internet, e o interessado baixa os arquivos gratuitamente. É
indicado para quem gosta de estudar sozinho. No Goethe, o curso
pode ser feito on-line ou através
de CD-ROM e tem acompanhamento de professores.
A Seven oferece inglês totalmente on-line, mas propõe que
haja uma parte presencial. "Dá
mais motivação", diz Fernanda
Damigo, coordenadora pedagógica e de e-learning da escola. O
Yázigi e a Cultura Inglesa também
criaram sites com várias ferramentas para auxiliar o estudo pela
internet, mas ambas não dispensam a parte presencial. A internet,
no caso, é só para reforço.
O ensino a distância vem ganhando terreno, mas, na hora de
escolher um curso, é bom ter alguns cuidados (veja quadro). Os
especialistas não recomendam o
modelo a todos. "O aprendizado a
distância é menos adequado nos
níveis básicos. Quem está no nível
intermediário ou no avançado
tem maior autonomia", diz Paulo
Oliveira, do Centro de Ensino de
Línguas da Unicamp.
(RGV)
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