DA REPORTAGEM LOCAL

"Mergulhar" na língua estrangeira, travando com ela um contato mais estreito. Com essa proposta, o sistema de imersão atrai aqueles que buscam aprimorar o idioma gastando pouco tempo.
Hoje o mercado oferece viagens curtas dentro do Brasil que simulam experiências no exterior. Há também alternativas que adotam o idioma estrangeiro como ferramenta de comunicação durante uma caminhada ou uma partida de futebol, por exemplo.
A rede de escolas Berlitz oferece o curso Imersão Total desde a década de 60. Nele, o aluno permanece na escola durante nove horas diárias, cinco dias por semana.
"É procurado por executivos que querem aumentar rapidamente o nível de conhecimento", afirma o gerente Lincoln Pow.
Se a possibilidade de aprender rápido é um dos principais atrativos da imersão, o risco de esquecer com igual velocidade tudo o que foi assimilado durante o "mergulho" também existe. "É preciso manter o contato com o idioma depois, senão o investimento é perdido", enfatiza.
O investimento, aliás, pode ser bem salgado. Por isso vale pesquisar. O programa da Berlitz custa cerca de R$ 4.400 por semana. Cinco dias "imerso" no Genkai, que concentra as atividades em hotéis na região de Teresópolis (RJ), custam a partir de R$ 2.500.

Diversão e descanso
Outro ponto alto dos pacotes de imersão é que eles podem ser "casados" com a possibilidade de relaxar um pouco, conhecer um novo lugar ou praticar um esporte.
O programa English Village, da escola Up Languages, é uma alternativa para quem gostaria de ir a uma escola fora do país, mas não pode gastar muito. Em um hotel em Sorocaba (SP), os participantes vivem um final de semana em que tudo acontece em inglês, das aulas à compra de bebidas.
A Knight English oferece soluções inusitadas, como noites num bar ou num campeonato de futebol, para se divertir em inglês, além de viagens curtas para vários destinos. "Nossa proposta é desenvolver o inglês coloquial", comenta o fundador, Mike Knight.
Antes de se matricular, vale checar como acontece a programação e ver se há afinidade. Pessoas tímidas, por exemplo, podem não apreciar a "obrigação" de conversar com estranhos para aprimorar o domínio do idioma.
(TATIANA DINIZ)


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