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MÉTODO TRADICIONAL
Salas de aula padrão continuam cheias, mas procuram seguir inovações didáticas
Formato "quadro-negro mais professor" continua favorito
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A antiga aula de idiomas, com
lousa, carteiras e professor, que os
alunos frequentam algumas vezes
por semana, ainda tem motivos
para resistir às inovações do ensino. Ou melhor, adaptar-se a elas.
Professores ouvidos pela Folha
afirmam que essa continua sendo
a maneira mais eficaz para aprender. "O aluno tem de se envolver
com o estudo, não há outro meio,
e a sala de aula é a melhor forma
para isso", avalia Anna Maria
Carmagnani, professora da USP
especializada em linguística.
"Não há milagres. Não há como
aprender idiomas dormindo, por
exemplo. O que dá resultado é
mesclar o inovador com o conservador", afirma Luciana de Almeida Sampaio, diretora da St. Giles.
A presença do aluno, na opinião
de Steven Beggs, diretor de marketing da Seven Idiomas, ainda é
o fator que mais o impulsiona a
absorver o conhecimento.
"Percebemos isso por experiência, e há pesquisas mundiais que
apontam para essa tendência. A
maior parte das pessoas aprende
fazendo, há pouca transferência
entre sentidos." E exemplifica:
"Você aprende a ouvir, ouvindo, a
falar, falando. A classe, com alunos heterogêneos e interesses semelhantes, propicia isso".
Mas a aula não precisa ser chata,
com um professor falando e os
alunos apenas ouvindo. Música,
filmes e textos podem ser usados
em conjunto com conversas informais, atividades extraclasse e
discussões por e-mail com a intenção de dinamizar o aprendizado. Detalhe: sempre no idioma estudado e em uma classe pequena
-dez alunos seria o máximo.
Magda Monteiro, 28, da administração da Elite Models, estudou no método tradicional por
três anos. "Hoje penso em inglês.
Se estou falando em inglês e alguém fala português comigo, acabo me sentindo perdida."
(PL)
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