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LARGADA
Fase inicial na empresa é ideal para reflexão
AJUSTE COM A NOVA ROTINA FAZ COM QUE ESTUDANTES QUESTIONEM O RUMO QUE VÃO TOMAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao começar um estágio, a vivência do estudante ganha contornos práticos. Mas também é
preciso reservar um tempinho
para reflexão, já que essa etapa
é fundamental para descobrir
um rumo na vida profissional.
"O estágio é um rito de passagem", define David Carlessi, 53,
consultor do Idort. Fora da sala
de aula, começam conflitos e
ajustes a um novo código de
conduta. "Ao entrar no universo corporativo, o estagiário tem
que aprender suas regras", diz.
O primeiro passo é observar
como colegas falam, vestem-se
e se portam, diz Marisa da Silva,
consultora da Career Center.
Em muitas empresas, gíria e
traje informal não são bem-vistos. "Vai prevalecer o bom senso corporativo, que dá senso de
realidade ao estagiário", conta
Patricia Próspero, 37, diretora
de instrumentos da Fellipelli.
A fase de adaptação pode levar a uma timidez e a um isolamento iniciais, como conta Danilo Antonangelo, 22, estudante de administração que faz estágio em um banco.
"No começo, ficava quieto,
mas tentava mostrar interesse.
Fui melhorando o relacionamento aos poucos", relembra.
Segundo Silva, o jovem deve ter
disposição para contornar essa
barreira. "É preciso ser cordial,
procurar se envolver com os
colegas e formar gradualmente
uma rede de relacionamentos."
Conselheiro
Jovens costumam ficar ansiosos por desempenhar novas
atividades, mas isso ocorre gradualmente, dependendo de sua
postura. "Ao encerrar um trabalho, o estagiário deve perguntar qual é o próximo passo",
orienta Silva. "Recebendo mais
responsabilidade sobre projetos, deve demonstrar iniciativa
crescente", avalia Próspero.
Desde o começo, outra atitude importante é tentar entender as atividades da empresa
como um todo, não apenas as
de sua área de atuação.
No processo de adaptação, o
papel do supervisor de estágio é
fundamental. Mas nem sempre
há alguém ocupando essa função de maneira presente. "Nesses casos, vale a pena procurar
alguém na empresa disposto a
ajudar", conclui Silva.
(ECL)
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