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Modalidades de "pós-MBA" chegam a ter apenas seis dias de duração, mas custos ainda são altos
Aprendizado mais rápido seduz executivos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Cursos de especialização e de
MBA no currículo. Experiência
gerencial de mais de dez anos.
Aparentemente, voltar aos bancos escolares não estaria entre as
pretensões de executivos com esse histórico. Presidentes e diretores de empresas, no entanto, estão
tão presentes nas escolas como os
jovens recém-formados.
A Fundação Dom Cabral criou
três opções de curso para esse público. Quem já fez um MBA na
instituição pode complementar
os estudos com um "pós-MBA":
módulo de seis dias sobre marketing e liderança realizado na Escola de Gerenciamento Kellogg, nos
EUA (US$ 4.500). Os créditos obtidos com o MBA também eliminam 50% dos necessários para
obter o título de mestrado profissional em administração na FDC.
Desvinculados do MBA, há o
PGA (Programa de Gestão Avançada) e o STC (Skills, Tools and
Competences). O primeiro é realizado em parceria com o Insead
(Instituto Europeu de Administração de Negócios), na França, e
focado em gestão internacional. O
segundo tem aulas na Kellogg e
ênfase em finanças e marketing.
No mesmo segmento de experiência internacional, a FGV Management desenvolveu o FGV
CEO, lançado neste ano. Após um
módulo no Brasil (que custa R$
22,5 mil), o aluno opta por duas
semanas de aulas na Universidade Columbia, nos EUA, ou no
IMD (Instituto Internacional de
Desenvolvimento de Gerência),
na Suíça. "Os brasileiros se incorporam a uma classe de executivos
estrangeiros, discutindo liderança
e estratégia", explica Ricardo Spinelli de Carvalho, 60, diretor-executivo da FGV Management.
Já o Ibmec-RJ oferece o PDG
(Programa de Desenvolvimento
Gerencial), de oito meses de duração, com duas áreas de concentração: gestão e governança corporativa. A turma de executivos se reúne uma vez por semana.
"Pente-fino"
Inácio Larraona Tavares, 40,
proprietário da RTT Telecomunicações e Informática, termina o
PDG em julho deste ano e diz que,
antes de se matricular, visitou alguns cursos de MBA, mas não
achou os colegas que procurava.
"Nas salas de aula, vi pessoas
que estavam saindo da faculdade,
interessadas apenas no diploma.
Com executivos mais experientes,
posso trocar informações e até fazer novos negócios", defende.
Para o aluno, escolher o que e
onde estudar é estratégico. "É preciso não se deixar levar por grifes
e siglas", diz João Carlos Ferraz,
professor da UFRJ. "Gaste tempo
para escolher bem o curso."
A dosagem entre livros e trabalho também deve ser cuidadosa,
explica o consultor Denys Monteiro, 33, vice-presidente da Fesa,
consultoria para executivos. "Não
adianta ir de um curso para outro
sem ter experiência. Trabalhar em
boas empresas também é uma
forma de aprender gestão."
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