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MELHOR HORA
Para especialistas, é viável recomeçar a estudar logo após a graduação, mas tendo metas claras
Início da pós não depende de idade
SILVIA BASILIO RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"Quero fazer uma pós, mas por
qual optar? Terei fôlego para tocar
o curso e a carreira?" Essas são algumas dúvidas que tomam qualquer um de assalto quando o tema é a escolha da pós-graduação.
O desafio é equilibrar objetivos
profissionais, finanças e tempo.
Logo após finalizar a faculdade
de direito, David Martins Figueiredo, 27, cogitou um mestrado.
"Mas não teria como conciliá-lo
com a carreira naquele momento.
Consumiria muito de mim." Optou por uma especialização.
A especialização é bem-vinda
em qualquer fase da vida profissional, desde que seja coerente
com o projeto de vida, diz Celeste
Maria Gama Melão, da Coordenadoria Geral de Especialização,
Aperfeiçoamento e Extensão da
PUC-SP (Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo).
No que diz respeito à pós "stricto sensu", opinião similar é compartilhada pelo presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Ministério da Educação),
Marcel Bursztyn: "A melhor hora
é sempre", argumenta.
Contudo, na hora de se definir
por um MBA, a maturidade profissional entra em campo -uma
vez que a dedicação ao curso envolve disciplina e alto investimento. Algumas escolas de MBA selecionam apenas profissionais com
mais de cinco anos de experiência. A média de idade no curso de
MBA da Universidade de Pittsburgh no Brasil, por exemplo, é de
36 anos. Nesses programas, a troca de experiências é fundamental.
Os 23 anos de Tatiana Stockler,
entretanto, não impediram seu
ingresso no curso do Ibmoda. Há
oito anos no mercado da moda
-sua mãe é dona de uma confecção-, ela preza pelo convívio
com alunos experientes. Já a colega Laura Piccinini da Carvalhina,
46, procurou o mesmo MBA "para reciclar" e já fez até um catálogo das roupas de sua empresa.
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