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SOB MEDIDA
Programas para recém-formados evitam reunir os alunos iniciantes com os veteranos
Cursos seguem as marés do mercado
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As constantes mudanças por
que passam os mercados acabam
estimulando a proliferação de
cursos, além de incentivar a reformulação dos já existentes, principalmente na área de negócios.
A BSP (Business School São
Paulo) fez uma "reforma" em
dois de seus principais programas, o Classic MBA e o Cege
(Curso de Especialização em Gestão Empresarial). O MBA, voltado
a jovens, não é mais integral e foi
estendido para 18 meses.
O Cege passou de 205 horas/aula para 380 horas/aula e pode ser
cursado em um ano. Voltado a jovens executivos e empreendedores, foi idealizado para os que precisam aprimorar rapidamente os
conhecimentos de gestão.
O Ibmec também resolveu
apostar na demanda do público
jovem e criou, em 2002, o CBA
(Certificate in Business Administration). O curso é desenhado para jovens que estão na fase pré-gerencial da carreira e têm perfil
empreendedor. Nele, o aluno reproduz o ambiente profissional
por meio de estudos de casos.
Assim é também o MBA Primeira Gerência, da ESPM, cujo
pré-requisito é ser recém-graduado ou ter no máximo dois anos de
experiência profissional.
"Essas diversificações dos
MBAs acompanham as variações
do mercado e, embora as siglas
sejam diferentes, todos eles vão se
organizar em função dos mesmos
conteúdos fundamentais para a
formação do gestor", diz Maristela Guimarães Andre, da ESPM.
Separação
Com tantas alternativas, a sala
de aula com iniciantes e executivos veteranos diante da mesma
lousa está praticamente extinta.
Outra "combinação trágica",
como diz VanDyck Silveira, do
Ibmec, é colocar na mesma classe
alunos com perfil de MBA e os
que deveriam estar fazendo especialização. "O aluno nessas situações vai estar entre pessoas que
não são seus pares, e a troca de experiências deixa de existir", diz.
Segundo ele, para evitar erros o
aluno tem de comprar o curso como se fosse um bem durável: pesquisando. Quem está inseguro em
partir direto para um MBA pode,
primeiro, fazer um curso preparatório, o pré-MBA, mais curto e
de conteúdo mais básico.
Escada acima
Alexandre Garrido, 30, integrou
uma das primeiras turmas que incluía extensão internacional no
MBA do Ibmec. Hoje, é um veterano da educação continuada. Fez
um curso de extensão na FGV,
um MBA na USP (Universidade
de São Paulo) e o MBA Executivo
em Finanças do Ibmec. Todo o esforço valeu a pena. "Ascendi cinco posições hierárquicas", afirma
ele, que hoje é gerente de administração do Banco do Brasil.
(RGV)
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