|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENSINO EM ALTA VOLTAGEM
Só 10% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos estão no ensino superior; governo quer chegar a 30% até 2006
Método busca ser arma antiexclusão
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"O Brasil é um país de dimensões continentais, com exclusão
educacional brutal", afirma o secretário de Educação a Distância,
João Carlos Teatini de Souza, explicando os motivos que levaram
a atual administração a dar mais
atenção à educação a distância.
Segundo ele, somente 10% dos
jovens com idades entre 18 e 24
anos estão no ensino superior no
país. "Situação pior dentro da
América Latina, só no Haiti", diz.
A meta, afirma, é chegar a 30% até
2006. "Queremos ver 1 milhão a
mais de alunos nas universidades
públicas, estudando a distância."
De acordo com ele, a informática e a internet são ferramentas
fundamentais para atingir esse
objetivo, mas não são as únicas. O
ideal é fazer uma educação "combinada" (com momentos presenciais e com uso de outras mídias).
Atualmente diversas instituições brasileiras desenvolvem programas de educação a distância.
Os cursos de graduação, na maioria das universidades, ainda estão
em fase de implantação.
Já existem, porém, 24 instituições com cursos a distância autorizados pelo MEC, que mesclam
várias ferramentas de ensino, inclusive a internet (confira quadro
abaixo). Outras escolas aguardam
aprovação (veja a lista dos autorizados em caráter experimental no
site www.mec.gov.br/sesu/
graduacao.shtm).
A Faculdade de Educação São
Luís, por exemplo, tem especializações "lato sensu" que incluem
oito encontros presenciais, tendo
como suporte a tutoria através de
internet, fax e telefone.
Nos encontros presenciais, o
aluno recebe todo o material didático necessário para cada disciplina, além das informações básicas para a realização do curso.
A Universidade Braz Cubas tem
um curso de atualização em direito pela internet, com duração de
60 horas, distribuídas em quatro
módulos. Os três primeiros são
disponibilizados na internet, e o
último módulo é presencial.
Na Uninove, o "e-learning" ainda está sendo testado. "Como é
um ambiente mais "frio", o aluno
tem de ser muito incentivado,
mas a experiência tem sido gratificante. Até problemas que os alunos têm no trabalho ajudamos a
solucionar", conta o professor de português Sérgio Simões. (RGV)
Texto Anterior: Setor cria "doses de aprendizado" Próximo Texto: Possibilidades vão de inglês a curso de MBA Índice
|