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Categoria teme condições de trabalho piores
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Há 13 anos, Jonas Emídio
Batista, 42, técnico de manutenção da Varig, lotado em
Guarulhos (SP), teve o antebraço direito amputado por
um sistema de ventilação
-hélices que jogam o ar
quente para fora do avião-,
utilizado somente quando a
aeronave está no solo.
Com medo da fusão, diz
que agora vai recorrer à Justiça para pedir indenização.
"Não queria fazer isso, a Varig sempre foi muito boa para mim." Quando sua casa
pegou fogo, a empresa o ajudou a comprar móveis e material de construção, conta.
Estudante de direito, revela que planejava terminar o
curso e trocar de posto dentro da companhia. "Agora
estou preocupado. Tenho filhos e não sei nada sobre o
meu futuro", afirma.
No que se refere à saúde, os
aeroportuários (que dizem
temer que a crise enfraqueça
a Infraero e comprometa
planos da categoria, como
reverter as terceirizações no
setor iniciadas no governo
FHC) reivindicam a regulamentação nacional do ruído
aeronáutico e lutam pelo reconhecimento de doenças
do trabalho específicas.
Edson Fortes da Silva, 41,
que trabalhava com armazenamento de cargas, afirma
que sua leucopenia (diminuição de glóbulos brancos
no sangue) foi causada no
emprego. Silva promete ser
o primeiro funcionário da
Infraero a levar a discussão
sobre a doença à Justiça.
A Infraero diz que quem
tem o problema recebe tratamento e que instalará uma
Comissão de Segurança e
Saúde do Trabalhador.
(BL)
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