|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Intervenções dos 450 anos vão de restauro de prédios a reurbanização de ruas
Cidade em obras irá gerar 45,8 mil vagas temporárias
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As obras pelas quais a cidade de São
Paulo está passando ou vai passar em
razão de seus 450 anos deverão gerar
45,8 mil vagas temporárias de emprego
até o encerramento das comemorações, no final de 2004. A projeção, da
prefeitura, contempla projetos contratados pela administração municipal e
parcerias com a iniciativa privada.
O número parece exagerado, mas
não é à toa. A cidade virou, neste fim de
ano, um canteiro de obras. A maior
parte delas foca a revitalização do centro -como a reurbanização do corredor cultural (trecho entre a biblioteca
Mário de Andrade e o Teatro Municipal) e de várias praças, além dos restauros de prédios na região da Sé, da estação da Luz e do Mercado Municipal-,
gerando cerca de 13 mil colocações.
Só na reforma das fachadas da estação da Luz, por exemplo, trabalham
hoje 109 pessoas. Mas a obra -a cargo
do governo do Estado e da Fundação
Roberto Marinho- terá várias etapas,
que criarão mais postos.
A construção de um túnel subterrâneo ligando o metrô aos trens metropolitanos está em fase de acabamento,
para a qual há 200 oportunidades abertas. A obra termina na metade de 2004
(veja quadro de vagas na pág. 5).
O projeto de restauração do chamado Quadrilátero da Sé -quatro edifícios históricos pertencentes à Caixa
Econômica Federal- tem cerca de 60
vagas abertas para as obras de três dos
prédios, já licitadas. Mas o trabalho, altamente especializado, será oferecido a
uma equipe já treinada, pois o prazo da
obra é curto, e o tempo seria insuficiente para treinar um novo quadro.
A idéia é que pelo menos um dos prédios, o da rua Roberto Simonsen, esteja
pronto até 25 de janeiro. O edifício permanecerá, no entanto, com uma parte
sem restauro, para mostrar aos visitantes o contraste com a porção reformada e chamar a atenção para a importância do trabalho do restaurador.
"Nosso mercado de trabalho é difícil,
faltam profissionais qualificados", afirma Gabriela Kozlowski, arquiteta responsável pelas obras, que diz sempre
procurar treinar novos especialistas.
A reurbanização de algumas ruas comerciais também vai empregar muita
gente. A obra da rua João Cachoeira
(Itaim Bibi) foi a primeira, concluída
no início de dezembro, com 130 trabalhadores. Em 2004, estão previstas as
mesmas reformas em outras dez ruas,
incluindo 25 de Março, rua do Gasômetro, Joaquim Nabuco e Santa Ifigênia, gerando ao todo 1.300 colocações,
segundo o arquiteto Mauro Scazufca,
da Comissão de Implementação de Intervenções em Ruas Comerciais. Mas
essas obras ainda aguardam licitação.
Texto Anterior: Temporário deve ficar atento aos seus direitos Próximo Texto: Mercadão ganha restaurantes Índice
|