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Arquitetos planejam criar órgão separado do de engenharia
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O sistema Confea/Crea, que
reúne os conselhos de engenharia, arquitetura e agronomia do país, com cerca de 900
mil registrados, enfrenta disputas entre os seus profissionais e pode ser desmembrado.
Um projeto de lei do Senado,
de 2003, previa a criação do
Conselho de Arquitetura e
Urbanismo. Apesar de ter sido
vetado em 2007, seu mérito
não foi negado, ou seja, sua
relevância foi reconhecida.
Outro projeto de lei deverá
ser criado em breve com o mesmo propósito, com o apoio do
Colégio Brasileiro de Arquitetura, que reúne diversas entidades da classe.
Enquanto isso, segue uma
disputa pelo mercado de trabalho. Nos fóruns de discussão na
internet, arquitetos se queixam
de ter perdido trabalhos para
engenheiros e vice-versa.
"Antigamente, o engenheiro
trabalhava em grandes obras e
o arquiteto lidava com a questão do espaço. De 30 anos para
cá, o mercado ficou pequeno e
uns pegaram o espaço dos
outros", diz Daniel Amor, presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo.
Representação
Para os arquitetos, a grande
estrutura do conselho tornou-se um problema, e não uma
garantia. "Desde que foi criado,
o Confea adquiriu uma dimensão na qual os arquitetos, que
antes eram um terço dos profissionais, hoje são cerca de
um oitavo", diz Gilberto Beleza,
presidente do Instituto de
Arquitetos do Brasil.
Os geógrafos, que também
estão sob o sistema Confea/
Crea, não cogitam sair, mas
pleiteiam maior participação.
"Hoje não temos um representante lá dentro", diz Edvaldo
César Moretti, presidente da
AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros).
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