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PÓS-GRADUAÇÃO
Opção pelo MBA dependerá do plano de carreira
WOLFGANG SCHOEPS
ESPECIAL PARA A FOLHA
No Brasil, há numerosos cursos
de MBA (Master in Business Administration) que apenas fazem o
uso da sigla, mas não correspondem ao sentido original dessa categoria. O MBA deve fornecer ao
aluno uma visão generalista de
negócios e destina-se à qualificação de profissionais e executivos
focados no mercado de trabalho.
MBAs em marketing, finanças e
outras categorias frequentemente
são cursos de extensão que podem ser valiosos para a carreira,
mas de fato não são MBAs.
Na pós-graduação foram criados dois programas, o mestrado e
o doutorado "stricto sensu", assim chamados por seguirem rigorosamente as normas acadêmicas
de currículo e duração e a exigência das respectivas dissertações,
como defesa de tese.
Exige-se diploma reconhecido
pelo MEC (Ministério da Educação), por exemplo, para concurso
de docência e/ou determinados
cargos no serviço público. Mais
recentemente, surgiu ainda a alternativa do mestrado profissionalizante, sem dissertação.
A legislação brasileira de pós-graduação, no entanto, permite a
condução de cursos "lato sensu",
sem o rigor acadêmico de defesa
de tese e com menor duração, visando à especialização profissional e estabelecendo requisitos
qualitativos e quantitativos, com
número mínimo de 360 horas-aula. Porém, um curso de especialização dessa magnitude não
apresenta a abrangência necessária ao desenvolvimento de um
programa de MBA.
A escolha de uma pós ou de um
MBA dependerá dos objetivos do
estudante. Para o aluno que queira seguir carreira acadêmica, o
mais indicado é uma pós-graduação, com dissertação ou tese e ênfase em pesquisa. Porém, para o
profissional que deseja ter uma
bem-sucedida carreira executiva
ou aprimorar seus conhecimentos na gestão do próprio negócio,
o MBA é o ideal. Cabe ao aluno o
trabalho de pesquisar, analisar e
decidir qual a escola mais adequada aos seus objetivos.
Wolfgang Schoeps, 70, é reitor da
BSP (Business School São Paulo)
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