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POTENCIAL
O maior desafio é conciliar carreira com a vocação
ROBERT WONG
ESPECIAL PARA A FOLHA
As empresas se valem de
certos dogmas no momento de fazer uma avaliação
dos seus profissionais. Muitos deles acabam se sentindo "fora dos
padrões" e querem saber o que
fazer para driblá-los.
Antes de mais nada, o ponto
central é o autoconhecimento.
Você tem de ser você mesmo. Esse negócio de tentar vender uma
imagem que não é sua o tira de
seu foco. Quanto mais você se conhece, ou melhor, conhece as características do seu "produto",
mais vai saber vendê-lo melhor.
Um desses dogmas é o "diploma de grife". Uma boa faculdade
realmente impressiona no currículo, mas, hoje em dia, além do
quociente intelectual, é preciso levar em conta o quociente emocional, entre outros aspectos.
Em uma perspectiva mais
abrangente, vamos comparar
carreira e vocação. Os profissionais, geralmente, tentam as escolas mais conceituadas pensando
na carreira. A palavra "carreira"
vem do latim "per carrera" -estrada ou trilha das carretas.
Mas a carreira nem sempre oferece todas as alternativas. Muitas
vezes você está nela e não consegue desviar o curso ou não pode
parar porque atrás vem alguém.
Você acaba se bitolando, o que é
uma característica das carretas.
"Vocação" vem do latim "vocaccione". É a voz interior, o chamamento. É mais importante,
hoje, que o profissional escute seu
próprio chamado e procure trabalhar naquilo para o que tem vocação. E sua vocação não necessariamente tem uma estrada tradicional pela frente ou uma faculdade de renome. Na linha do autoconhecimento, buscando o seu
chamado, você terá mais chances
de ser bem-sucedido.
Assim, seja criterioso e verdadeiro consigo mesmo e, fundamentalmente, conheça-se. Saiba
qual é o seu diferencial. Procure
indicar às pessoas os seus talentos
e mostre que você está seguindo
sua vocação. Não se prenda a
dogmas. Seja você mesmo.
Robert Wong, 54, é vice-presidente
e diretor para a América do Sul
da Korn/Ferry
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