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GESTÃO DO TEMPO
É possível chegar ao topo e ver os filhos crescerem?
WINSTON PEGLER
ESPECIAL PARA A FOLHA
Muitos executivos cometem um terrível engano ao
mensurar seu desempenho
pelo número de horas que trabalham. Sucesso hoje pode ser avaliado pelo tempo que se gasta fazendo exatamente o que se quer
fazer. Ou seja, é preciso sobrar
tempo para que o indivíduo tenha
vida fora do trabalho, social, familiar ou com lazer.
Se você é daqueles que trabalham mais de 15 horas por dia, cujos subordinados reclamam de
que faz tudo e não deixa ninguém
crescer, cuja família sente sua ausência e, se você já chegou àquela
fase de desejar "bom trabalho"
para o guarda-noturno por ser o
último a sair da empresa, é porque algo profundamente errado
está acontecendo em sua vida ou
na forma como organiza o tempo.
Gasta-se muito tempo desnecessário, mais de 40% do total diário, em atividades que poderiam
ser perfeitamente delegadas. Hoje
aquele que atua de forma centralizadora, que faz tudo, não é o ideal
para a empresa nem justifica o salário para o que é pago: tomar decisões estratégicas para o negócio.
Ninguém é insubstituível. O
mais recomendável ao executivo é
ter uma equipe composta de pessoas motivadas e capazes de instrumentalizar as decisões.
Antes que acabe virando "hóspede de cemitério" por trabalhar
mais do que seu corpo é capaz de
suportar, convém otimizar o seu
tempo de forma racional.
A primeira solução é simples:
criar uma estrutura em que todas
as funções estão perfeitamente
distribuídas. Um organograma
bem-feito, que determine o que
cada um deve fazer e receber por
isso, resolveria perfeitamente o
problema. Chamamos esse procedimento de PHD (Processo de
Hierarquia Decisória).
Feito isso, o próximo passo é eliminar de seu cotidiano tarefas
que exigem um poder de decisão
menor que aquele pelo qual foi
pago para executar. Perde-se
muito tempo com burocracias
que não fazem parte da função de
um executivo. Que tempo sobra,
então, para as decisões?
Winston Pegler é presidente da
consultoria Ray & Berndtson
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