|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESTÁGIO
Estudantes que atuam em administração, finanças e áreas afins têm mais chances de trabalho
Engravatados dominam as vagas
RENATO ESSENFELDER
EDITOR-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS
ANDREA MIRAMONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Alunos de administração ou
economia não têm grandes problemas para conseguir estágio.
Em moda ou geografia, é um drama. Os engenheiros normalmente se dão bem, mas quem quer trabalhar em áreas mais específicas,
como em metalurgia ou no setor
têxtil, vai suar a camisa até encontrar uma oportunidade.
Essas são algumas das conclusões de estudo feito pela Folha
com 101 empresas de médio e de
grande porte do país. É bom lembrar que, como só o "mundo dos
negócios" foi ouvido, áreas ligadas à pesquisa ficaram em baixa.
Isso porque, em território
corporativo, a coroa está de fato
com os engravatados. "Administração e economia sempre dominaram a oferta de vagas de estágio, ao lado dos engenheiros, que
também acabam atuando nesses
setores", explica Sofia Esteves do
Amaral, sócia-fundadora da DM
Recursos Humanos.
Na pesquisa da Folha, 59% das
empresas afirmaram aceitar estagiários de administração. Em
seguida aparecem as áreas de economia (32%) e direito (30%).
"A oferta é grande, assim como
a concorrência, mas já dispen-
sei convites de estágio em gran-
des empresas", conta Murilo Paulucci, 20, estudante de administração e estagiário da Novartis.
Quem não faz parte desse grupo
não deve desanimar. Amaral reforça que há outros campos em
alta (leia texto nesta página). "Como todos os cursos de ensino médio, profissionalizante e superior
têm alguma aplicação no mercado de trabalho, todos vão oferecer
vagas. Mas, para algumas carreiras específicas, o número de postos é menor", diz Luiz Gustavo
Coppola, gerente de relações externas do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
A estudante de moda Renata
Moisés, 22, concorda. "Como
meu curso é recente, ainda não
existem programas específicos, e
os estágios são informais", conta
ela, que conseguiu vaga em uma
das poucas empresas com remuneração na área, a Santista Têxtil.
Colaboraram JULIANA GARÇON e MARLENE PERET, free-lance para
a Folha
Texto Anterior: Trabalhar de graça pode valer a pena Próximo Texto: Carreiras "inusitadas" ganham força Índice
|