São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

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Deficientes e parentes de funcionários têm "cota"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Além dos programas de estágios tradicionais, em que os estudantes suam para conquistar uma vaga, há aqueles que captam estudantes selecionados.
Uma das modalidades do programa de estágio da Bristol-Myers Squibb, por exemplo, abriga só estudantes filhos de funcionários, que passam um mês imersos na rotina da empresa.
"Já tivemos três edições, e, dos 16 jovens que passaram por aqui, 5 permaneceram como estagiários fixos [junto com outros 60 que são recrutados externamente]", conta Christianne Niccolini, gerente do departamento de RH.
Já na Credicard a reserva de vagas é para outro fim. Dos 50 estagiários, 11 são portadores de deficiência. "Adaptamos o ambiente e treinamos os funcionários para recebê-los. Foi um ótimo investimento, muitos deles têm um desempenho excepcional", avalia Lício Nogueira, vice-presidente de RH da empresa.
Um dos beneficiados pelo programa é o estudante de processamento de dados Samuel Alesse Leandro, 26, cuja deficiência visual não atrapalhou a carreira. "Eles adaptaram um software, e o trabalho é igual ao de todos."
De acordo com Marisa da Silva, da Career Center, a questão tem duas faces. Se, por um lado, a indicação colabora para a motivação, por outro, há espaço para conflitos. "Pode gerar desconforto se os critérios de seleção forem políticos, e não objetivos. Ou seja, deve haver uma seleção justa, com critérios claros, isenta de apadrinhamentos e simpatias", conclui.

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