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É preciso planejar, afirma consultor
DA REPORTAGEM LOCAL
Vice-presidente mundial da
DBM, Robert Critchley acaba de
lançar no Brasil o livro "Reavaliando sua Carreira", um guia
com dicas de carreira para profissionais maduros. Leia a seguir trechos da entrevista dada à Folha.
Folha - O senhor é enfático na
defesa do planejamento de carreira, prática pouco comum no Brasil.
Por que as pessoas devem perceber
que isso é realmente necessário?
Robert Critchley - Porque elas
simplesmente não têm escolha.
Mesmo quem não gosta da idéia
precisa fazê-lo para ter controle
sobre o futuro. Quem não planeja
perde o rumo quando é desligado
da empresa, por exemplo. Planejar significa refletir sobre o que
gosta de fazer e traçar metas para
a auto-realização.
Folha - Baseado em que o senhor
afirma que o mercado aproveitará
mais os profissionais maduros?
Critchley - É um fenômeno mundial. Em dez anos, as pessoas chegarão aos 50, 60 anos em plena
atividade, pois a expectativa de vida saltará para 85 anos. Os jovens,
por sua vez, casarão mais tarde,
gerando menos crianças. O mercado será menos disputado e haverá mais oportunidades.
Folha - Redirecionar a carreira
para a prestação de serviços é uma
das saídas apontadas no livro.
Trocar vínculo empregatício por
autonomia não é arriscado?
Critchley - É até mais seguro.
Quem tem quatro clientes tem
quatro fontes de renda, não é tudo
ou nada. Além disso, atuar como
consultor pode ser uma maneira
gratificante de repassar a experiência profissional.
Folha - Que dicas podem ser
dadas para quem realmente prefere optar pela aposentadoria?
Critchley - Se a pessoa optou por
parar, é essencial que ela não pare
para ficar sem nada a fazer. Quem
faz isso acaba morrendo. É preciso continuar se desenvolvendo
intelectualmente e ocupar o tempo com hobbies, esportes e outras
atividades prazerosas.
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