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FILHOS EM FÉRIAS
Rigor na escolha da programação
assegura tranquilidade aos pais
DA REPORTAGEM LOCAL
Programação de férias em escolas regulares. Inglês com brincadeiras em horário integral. Acampamentos com temporadas de até
14 dias. Cursos infantis de moda,
culinária, arte, teatro e música.
Para quem busca alternativas de
onde deixar os filhos no mês de
julho, não faltam opções. Mas é
preciso abrir o olho e escolher
bem para que a solução não se
transforme em mais problemas.
Movidos pela pressão do trabalho e com pouco tempo disponível para fazer uma pesquisa rigorosa, os pais correm um sério risco de matricular a criança no primeiro local em que encontrarem
a faixa de "curso de férias", só para dar conta de manter a rotina.
Só que o preço de uma má escolha pode ser salgado, e as consequências, desastrosas. Imagine,
por exemplo, atender no meio do
expediente ao telefonema de uma
criança de oito anos chorando
porque quer voltar imediatamente do acampamento de aventura
que fica a duas horas da capital.
Para Maria Angela Barbato Carneiro, 56, pedagoga e professora
de educação infantil da Pontifícia
Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP), o sucesso da empreitada dos pais depende principalmente do preparo da empresa
prestadora do serviço. E conhecê-la ao máximo é o primeiro passo
para uma avaliação prudente.
"Tanto para as escolas como para os acampamentos, a dica é procurar saber quem compõe a equipe de profissionais, quais as suas
qualificações e quais as atividades
que serão conduzidas no local."
Conversar com a criança e ouvir
o que ela quer fazer durante as férias é outra premissa básica. Os
cursos têm preços bastante variados, e optar por uma atividade
com a qual seu filho não se identifica pode ser perda de tempo.
Além disso, é preciso respeitar a
faixa etária da criança, a possível
limitação de permanecer afastada
dos pais por muito tempo e a forma como ela se sente em ter de interagir em um ambiente estranho.
"Sempre recomendamos aos
pais que tragam o filho com um
amigo ou um primo. É uma medida para que ele não se sinta tão
deslocado e facilita a adaptação",
diz Sônia Regina Paulino, 41, da
Escola Projeto Vida -localizada
em um sítio tombado na zona
norte e que oferece programação
basicamente recreativa.
Brincar, aliás, deve ser um direito preservado nas férias escolares
infantis, enfatizam os especialistas. "Se há uma programação dirigida, o melhor é que ela tenha jogos e brincadeiras e que o espaço
físico disponível possa ser usado
em toda a sua extensão", diz Maria Angela Barbato Carneiro.
Acampamentos
Entre as opções disponíveis, os
acampamentos aparecem com
grande poder de atração: representam ocupação em tempo integral e substituem a viagem de férias que não será feita em família.
Mas, de acordo com dados do
Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), a
contratação desse tipo de serviço
requer atenção redobrada. Em caso de insatisfação, os acampamentos têm de oferecer serviço
compatível com o divulgado ou
arcar com gastos de um similar,
mas não há possibilidade de reaver o dinheiro que já foi investido.
Por isso, fazer uma visita ao local, checar instalações e informar-se da existência de seguro-saúde
ou de pronto-socorro próximo
para casos de emergência são medidas indispensáveis aos pais.
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