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FILHOS EM FÉRIAS
Abrir diálogo com a chefia pode
ajudar a encontrar solução ideal
DA REPORTAGEM LOCAL
Travar um diálogo com o empregador sobre a situação dos filhos durante as férias pode ser um
caminho mais simples do que
muitos profissionais imaginam.
Afinal, vários chefes também têm
filhos em idade escolar e vivenciam igual tensão no mês de julho.
"Boa parte das empresas já vê o
funcionário como um ser holístico [com características que não
são vistas separadamente], e a filosofia de gestão defende que ele
esteja bem em todos os campos",
afirma Tatiana Wernikoff, consultora e diretora do Instituto de
Psicologia Organizacional.
Aproveitando essa tendência,
Wernikoff sugere que os funcionários "compartilhem os medos"
no ambiente de trabalho. "Ele pode descobrir que o chefe está enfrentando o mesmo problema."
Foi conversando com o seu gerente que o consultor imobiliário
Fernando Araújo, 46, conseguiu
negociar mais flexibilidade em
seus horários nas férias da filha,
Renata, de três anos. "Ela fará curso de férias na própria escola, onde já tem amigos. Vou buscá-la e
dar suporte no restante do dia."
Além de negociar horários flexíveis, o programador de internet
Edson Almeida, 30, pai de Clara,
3, está organizando as férias da filha para não se atrapalhar no trabalho. "Ela vai passar 15 dias com
a minha mãe no interior de Minas
Gerais, e estou pesquisando um
curso para o restante do mês."
Mais sortuda, a gerente Jéssica
Santchuk, 32, obteve uma semana
de folga para viajar com os filhos
para uma fazenda. "É um momento mágico para nós. No resto
do mês, eles ficarão com a babá e
visitarão os amigos", explica.
Sem horários regulares, a supervisora de vendas Sandra Martins
pretende reorganizar sua rotina
de trabalho para estar de volta em
casa às 18h diariamente. "É uma
forma de ficar um pouco com
meus filhos, que vão frequentar
um curso de férias", observa.
Manter as crianças em uma escola próxima ao local de trabalho
foi a opção escolhida pelos empresários Luciana Sampaio e Victor Baseggio. O curso de férias de
Adriana, 3, e Victor, 2, fica vizinho
à empresa dos pais. "Julho é angustiante, pois não queremos falhar como pais nem como profissionais. O desafio é conciliar bem
os papéis", ressalta Luciana.
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