|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cursos são examinados
"por tabela"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A grande discussão na hora de implantar o exame é
saber exatamente o que ele
pretende avaliar, se a qualidade do ensino e, portanto, a
faculdade, ou a aptidão profissional (o aluno), embora
ambas estejam interligadas.
Apesar de o propósito dos
testes não ser analisar as faculdades, os examinadores
admitem que essa é uma
preocupação. "Divulgamos
um ranking das faculdades
que mais aprovam [profissionais]. Se alguma tem alto
índice de reprovação, é porque há algo de errado", diz
Ivette Ferreira, da OAB-SP.
Para Benedito Dias, presidente da Comissão de Ensino do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), "um curso com percentual alto de aprovação dos
seus egressos só pode ser um
curso de qualidade".
Mesmo com um índice de
reprovação de 22%, considerado baixo, o CFMV não ficou livre de reações. Assim
como na contabilidade, o
conselho foi bombardeado
com liminares contra a realização do exame. Pará e Rio
Grande do Sul conseguiram
fugir da obrigatoriedade, enquanto a questão não se resolve na Justiça.
Para Everson Augusto
Krum, presidente do Conselho Regional de Farmácia do
Paraná, que pleiteia no CFF
autorização para realizar um
teste-piloto no Estado, a
preocupação com a qualidade de ensino é grande. Edson
Taki, do CFF, ecoa: "Não
queremos punir os formandos. Nossa preocupação é
com a sociedade, que espera
ser atendida por um profissional qualificado".
Texto Anterior: Diploma não assegura atuação profissional Próximo Texto: Barrados no exame: Formados criticam sistema de avaliação Índice
|