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SUA CARREIRA
Mulheres dão o tom em turismo de negócios
DA REPORTAGEM LOCAL
Em cima do salto, elas parecem
ter o dom de receber. Talvez por
isso os mercados de eventos e de
turismo de negócios estejam sendo invadidos por profissionais
do sexo feminino. Para tirar a dúvida, basta ir a um congresso e
conferir o "time principal": com
certeza haverá mais mulheres do
que homens em campo.
"Nesse tipo de evento [congresso], elas de fato predominam. São
a mãos-de-obra mais contratada", comenta Jorge de Souza, 53,
diretor da Couromoda e vice-presidente da Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras).
Para ele, o bom desempenho
na função está ligado a algumas
características típicas do comportamento feminino. "A sensibilidade é diferente. Elas estão mais
atentas aos detalhes e, principalmente, às minúcias de relacionamento", observa Souza.
Na administração da Francal,
de um total de 10 gerentes 8 são
mulheres. Elas ocupam todas as
posições de comercialização e de
comunicação. Além disso, na hora de selecionar os trabalhadores
temporários para atuar durante
um evento, a média é de 70% de
mulheres contra 30% de homens,
de acordo com dados da empresa.
"São várias as razões. No geral,
elas são mais flexíveis para negociar do que eles. E, até por uma
questão de cultura, vários postos
do setor, como os de recepção, de
digitação e de tradução, acabam
sendo mais femininos", comenta
Sâmia Hannouche, 40, diretora de
comunicação da Francal.
A diretora ressalta, entretanto,
que não dá para adotar um perfil
totalmente "mocinha" na hora da
labuta. "Tem de assumir características masculinas também, como firmeza. Lida-se com muitos
homens nessas funções", ensina.
Modelos e flores
Foram os olhos das colaboradoras da Francal que rastrearam vários detalhes preciosos para dar
um charme a mais aos bufês dos
eventos realizados pela empresa.
Por exemplo, contratar modelos masculinos para trabalhar como garçons. E ainda vesti-los com
as cores do evento -que, aliás,
combinam com as das flores que
decoram as mesas. "É claro que
essas idéias só surgem na cabeça
da gente, né?", diz Hannouche.
Na empresa promotora de feiras Alcântara Machado, a presença masculina ainda supera a feminina, mas o quadro vem dando
claros sinais de mudança ao longo
dos últimos quatro anos.
"Tínhamos 30% de mulheres
em 2000 e hoje já são 40%", revela
o diretor de operações, Anselmo
Martins. "O trabalho mais pesado, de execução da montagem,
acaba sendo feito mesmo pelos
homens", acrescenta.
(TATIANA DINIZ)
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