São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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SUA CARREIRA

Pesquisa revela os 10 principais problemas segundo executivos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Atrair, desenvolver e manter bons profissionais é o desafio número um de executivos em cargos gerenciais. Criar um ambiente de alto desempenho é o segundo principal problema.
Essas são algumas das conclusões dos resultados parciais de pesquisa da Universidade de Michigan (EUA), que indica os fatores de maior preocupação entre gerentes de grandes empresas (veja quadro abaixo).
O levantamento é limitado apenas aos estudantes da universidade, mas, segundo seus realizadores, reflete pontos bastante comuns de profissionais com responsabilidades executivas.
Saber manejar essas dificuldades pode fazer a diferença na carreira e destacar a capacidade que um profissional tem para resolver situações críticas.
Em relação a ranking similar de 2001, feito pela universidade, a atual pesquisa traz duas novas preocupações. Obter cooperação além dos limites da organização e estimular inovações na empresa não estavam entre os problemas mais citados pelos entrevistados.

Velhas soluções
O mundo mudou, mas as duas principais questões responsáveis pela dor de cabeça no alto escalão corporativo não se alteraram.
Conquistar e, mais do que isso, segurar bons profissionais em um ambiente de alto desempenho é uma dúvida de âmbito mundial. "Não importa onde você esteja nem que cargo ocupe", diz Neil Sendelbach, professor de educação executiva. "Esses problemas são antigos, o que prova que as velhas soluções não funcionam", completa ele.
A utilidade da pesquisa é ajudar o executivo a orientar o esforço de sua equipe para a solução de um problema concreto. "O trabalho do líder é enfrentar problemas", diz o professor. Às vezes, a organização se preocupa demais com um aspecto secundário.
Até aqueles que não ocupam um cargo de nível gerencial podem tirar proveito do estudo. Quem aspira chegar à gerência ou quer apenas melhorar seu desempenho pode usar o ranking para identificar as questões que mais preocupam a empresa em que trabalha. A partir daí, pode se direcionar para ser mais efetivo na resolução desses problemas.
"Qualquer um pode pegar o resultado da pesquisa e comparar o que preocupa a organização com o que preocupa a si mesmo", diz Sendelbach. "O mais interessante é fazer as pessoas pensarem se aqueles são os problemas que querem para suas empresas."

No Brasil
O headhunter Robert Wong, diretor-geral da Korn/Ferry International, afirma que esses problemas são os que mais afligem os executivos brasileiros. Só que não adianta tentar alterar a organização se não houver uma mudança pessoal interna dos empregados. Segundo ele, a solução não é induzir comportamentos por punição ou por premiação. É preciso que a iniciativa parta do funcionário.
A consultora sênior da Dobroy & Partners Daniela Tessler diz que é importante que os executivos avaliem claramente os funcionários. "A comunicação é um fator crítico nas empresas."
(FABIANA CIMIERI)


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