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Economista aposta em área pública e consolida posição
Na época em que o economista Eduardo Caldas, 29, se formou na faculdade, em meados
da década de 90, a área que então mais lhe interessava era considerada fora de moda.
Quando contava a seus colegas de turma que pretendia se
especializar em controle de orçamento público e políticas fiscais nos municípios, Caldas era
visto como um idealista que
provavelmente ficaria fora do
mercado de trabalho.
Passados oito anos, o economista atua em uma ONG (organização não-governamental) e
assessora diversos projetos em
parceria com o poder público,
como a análise do orçamento da
Prefeitura de São Paulo ou o
Programa de Modernização da
Administração Tributária, que
tem o patrocínio do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"As ONGs sentem a necessidade de economistas com formação voltada para as questões
sociais, não apenas nas áreas administrativas mas também no
desenvolvimento de projetos."
Hoje o economista diz que não
lhe falta trabalho. Pelo contrário, participa de diversos projetos pelo Instituto Polis, ONG em
que é contratado há três anos.
O salário é menor do que ganham seus colegas que foram
para o mercado financeiro ou
para empresas, mas Caldas diz
que compensa a diferença com
o rendimento da atividade de
professor de economia na Universidade Federal de São Carlos.
Na área jurídica, a demanda
por economistas com especialização em direito econômico
vem crescendo tanto nas consultorias como nos próprios escritórios de advocacia.
Vanessa Boarati, 25, formada
em economia pela USP, interessou-se por direito econômico
ainda na faculdade. Ela fez por
três vezes estágio não-remunerado no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em suas férias.
Em 1999, um ano antes de se
formar, uma professora a indicou para uma vaga no escritório
de advocacia Magalhães de Ferraz, especializado em direito
econômico, onde está até hoje.
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