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MEDICINA
Novas tecnologias e busca por administradores fazem de consultório apenas opção para permanecer trabalhando na área
Imagem e gestão desbancam clínica
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O diagnóstico do mercado
na área de medicina é preciso: faltam especialistas em imagens, e os
que examinam propostas de trabalho voltadas para o lado administrativo têm boas perspectivas.
"O segmento vem aprimorando
as estruturas de administração, e
há carência de pessoal com esse
conhecimento", avalia Santino
Orsi, 45, gerente de recursos humanos do Hospital Nove de Julho.
"Procuram-se profissionais para gerir pessoas e custos", afirma
Raquel Garson, 36, diretora da
área de aprimoramento e desenvolvimento em gestão de pessoas
e administradora da consultoria
Dispaes, especializada em saúde.
Nesses casos, o olho clínico
do médico é seu maior diferencial. "Com know-how específico
e visão dos processos, o profissional ajuda a aprimorar a área comercial, de faturamento e de controladoria", exemplifica Newton
Pizzotti, 43, gerente de operações
da Porto Seguro Saúde.
Além de ajudar a ter bom poder
de persuasão para angariar novos
investimentos, faz a ponte entre a
administração e a equipe médica.
"A capacidade administrativa
também é fundamental para chefiar equipes setoriais autodirigidas nas áreas operacionais."
Diagnóstico por imagens
Os laboratórios estão de olho
em profissionais especializados
em diagnósticos por imagens.
"Há chances de encontrar vagas
rapidamente", diz Maria Cristina
Funck, 50, diretora de gestão de
pessoas da Diagnósticos da América (que engloba os laboratórios
Lavoisier e Delboni Auriemo).
"Na maioria dos hospitais privados, esses especialistas são terceirizados. Assim, pode-se constituir uma empresa para prestar o
serviço", sugere Garson.
Ruy Maciel, 58, diretor-médico
do laboratório Fleury, vê perspectivas de crescimento em todo o setor de diagnósticos, já que exames
"migraram" de hospitais para outras bases ambulatoriais.
"Essa é a área que mais apresenta crescimento, e há carência de
pessoal especializado em endoscopia e medicina fetal", constata
Maciel, que também aposta na
medicina esportiva. "Quando fui
procurar um bom profissional, tive de buscá-lo no exterior."
Para aproveitar as oportunidades, a receita é especialização. "A
formação administrativa deixa a
desejar", afirma Pizzotti. Quem
pretende se dirigir para a área de
imagens deve se esmerar durante
o período de residência para vitaminar o currículo. "Peço observações aos meus colegas, porque o
que vale é ter feito uma boa residência", confirma Maciel.
(BRUNA MARTINS FONTES)
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