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CAMPO MINADO
Falsas agências usam currículos on-line para dar golpes
Consultorias usam "disfarce" para
fisgar os candidatos na internet
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Cena 1: você insere seu currículo em um site de vagas, paga pelo
serviço e começa a receber ofertas
de trabalho. Cena 2: ao entrar em
contato com uma das empresas,
percebe que a vaga não existe.
Mais, trata-se de uma consultoria
de recolocação que cobra para
encaminhá-lo a possíveis cargos.
São vários os profissionais que
passaram por situações como as
descritas acima. Tanto que sites
como os da Catho (www.catho.
com.br) e da Manager (www.
manager.com.br) passaram a
alertar seus clientes sobre consultorias que agem de má-fé.
Welton Pedreira, 23, vendedor,
encaminhou o currículo para
uma vaga de assistente de marketing indicada pelo site em que tinha registrado o documento.
Uma empresa, que não se identificou como consultoria, ligou e
marcou entrevista. "Fui até Santo
André [Grande São Paulo] e tentaram me enrolar dizendo que eu
tinha 90% de chance de conseguir
a vaga em uma empresa multinacional. Bastava pagar R$ 1.500."
O mesmo valor foi cobrado da
coordenadora de promoção Nádia Vranjac, 25, que recebeu um
telefonema logo após ter inserido
seu currículo em um site. "Um
consultor me ligou dizendo que
estava com meu currículo e que
tinha uma vaga no meu perfil."
Ao chegar à empresa, "fui descobrindo as mentiras: ele não tinha meu currículo, não havia vaga e me ofereceu serviço de recolocação, já perguntando qual cartão de crédito eu usava".
Segundo Leandro Cabral, coordenador de vagas da Catho, o número de reclamantes chegava a 18
por dia no final do ano passado.
"Criamos um departamento de
inspeção para checar as informações de toda firma que se cadastra. Isso diminuiu as ocorrências
para cerca de três por semana."
Na Manager, a solução foi um
"disque-denúncia". "Para evitar
abordagens antiéticas, colocamos
um aviso e um número de telefone para denúncias. A partir da reclamação, restringimos ou mesmo proibimos o acesso daquela
companhia", diz o presidente, Ricardo de Almeida Prado Xavier.
Mas, segundo o vice-presidente
da Associação Brasileira de Profissionais de RH, Ênio Resende,
"o controle na internet é baixo".
Por isso convém ter cautela.
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