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INGREDIENTE
Popular na Bahia, cajá-manga é desconhecido em várias regiões
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pouco conhecido pelos
moradores das grandes cidades e até mesmo entre a comunidade científica que se dedica ao
estudo e à pesquisa na área de
fruticultura, o cajá-manga é
uma fruta popular no sul da Bahia e em outras áreas do Norte e
do Nordeste brasileiros, onde
costuma crescer em quintais e
em pomares caseiros.
Da mesma família do umbu,
possui um sabor ácido que é
muito apreciado ao natural e
também na forma de refrescos,
picolés e compotas. O tamanho
e a aparência lembram o da
manga coquinho, com sua casca amarelo-esverdeada com
manchas cinzas, o que explica
seu nome. As sementes são revestidas de espinhos macios
que aderem à polpa.
Originária da América Central, sua árvore está muito bem
adaptada a regiões de clima
quente, como o Nordeste brasileiro, e pode alcançar até 15 metros de altura.
Uma das raras empresas que
cultivam cajá-manga em escala
comercial, a Brasnica Frutas
Tropicais iniciou o plantio em
1999. "Produzimos 700 toneladas de fruta neste ano, produção que será crescente até 2012,
quando todas as plantas serão
adultas e teremos 5.000 toneladas anuais", afirma Dailton dos
Santos Ferreira, coordenador
da empresa.
Fruta rica em fibras e em cálcio, fósforo e ferro, um cajá-manga de tamanho médio (entre 100 g e 130 g) possui 46 calorias. Trata-se, segundo Ferreira, de uma fruta ainda pouco
estudada. "Hoje são duas as variedades conhecidas: o cajá e o
cajá-manga, sendo este maior e
mais adocicado", diz. A safra é
anual, entre os meses de fevereiro e junho.
A engenheira agrônoma Wilma Schepierski, de Mantena
(MG), ensina a preparar uma
compota caseira que faz sucesso entre os moradores da cidade. O primeiro passo é fazer
uma calda clara, utilizando dois
litros de água e um quilo de
açúcar. Quando levantar fervura, a dica é adicionar duas colheres de suco de limão para
clarear a mistura. Depois que a
calda engrossar, adicionar 12
unidades médias de cajá-manga lavados e descascados e deixar por mais 20 minutos no fogo, com a panela tampada. Uma
vez pronto, pode-se saborear o
doce com as mãos, para aproveitar todo o sumo da fruta.
ONDE ENCONTRAR
Natural da Terra - r. João Cachoeira, 1.351, tel.
0/xx/11/ 3845-7747
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