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Ossos do ofício
Hérnia de disco cervical,
princípio de artrose e escoliose
dorsolombar fazem parte do
currículo de Patrícia Kalina,
40, dentista há 18 anos. No começo da profissão, ela conta,
sentia muitas dores nas costas,
por causa da posição durante o
expediente. Mas, como o incômodo foi diminuindo com o
passar do tempo, deixou de
prestar atenção à postura. "A
coluna foi se compensando,
criando calos, e, há uns três meses, senti uma dor terrível: estava com hérnia de disco", diz.
De acordo com Ricardo Cury,
da Santa Casa de São Paulo,
nessa profissão a coluna cervical e os membros superiores
são os que mais sofrem, já que o
braço fica levantado o tempo
todo, forçando pescoço e ombros. Para minimizar os problemas, Patrícia faz RPG (reeducação postural global) e aprendeu a trabalhar em posições
"menos piores".
Segundo Romulo Brasil Filho, ortopedista do Hospital
Santa Catarina, corrigir a altura
do banquinho e da cadeira do
paciente ajuda. Em vez de o
dentista se curvar em direção
ao paciente, deve arranjar os
móveis de forma que o paciente
fique mais perto. Ele recomenda sessões curtas de alongamento a cada duas horas.
"Motoristas e profissionais
de telemarketing também devem ficar atentos", avisa o médico. Para ele, vícios de postura
inadequada podem levar ao
desgaste das vértebras e a contraturas musculares -além de
artroses e hérnias de disco.
Quem trabalha sentado de
maneira errada também pode
sobrecarregar a coluna. Cadeiras adequadas, que ofereçam
apoio sem forçar as costas para
a frente nem para trás e pés
bem apoiados diminuem os riscos de dor nas costas.
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