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"25 anos com uma hérnia e sua conseqüência - a dor"
JÚLIO VERÍSSIMO
COORDENADOR DA AGÊNCIA FOLHA
Analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia, repouso,
alongamento, acupuntura, tentativa de corrigir a postura. Não
necessariamente nessa ordem,
esses foram os recursos que
usei por cerca de 25 anos para
tentar conviver com uma hérnia de disco lombar e sua mais
triste conseqüência: a dor.
Aliás, deveria existir um artigo na Declaração Universal dos
Direitos do Homem sobre o tema: "Todo homem tem o direito de não sentir dor".
Em dezembro do ano passado, cheguei ao auge da minha
crise lombar. A hérnia pressionava o nervo ciático da perna
esquerda. Insuportável. Passei
por uma cirurgia e, no dia seguinte, já estava em casa, em recuperação... e sem dor.
Cada caso é um caso, porém.
Sei que, após a operação, entrei
na fase de descobertas, que, espero, sirva de alerta para que o
leitor não maltrate o corpo.
Descobri que não deveria ter
levado uma vida sedentária.
Quando garoto, ficava deitado
no sofá fazendo o que mais gosto até hoje: ler.
Descobri que nunca dei valor
para a minha heróica coluna
vertebral. Postura correta?
Achava que isso era coisa de
modelo ou manequim.
Até nos exames pré-operatórios fiz descobertas:
que ganhei uma artrose degenerativa;
que preciso cuidar da minha
taxa de açúcar no sangue;
e, mesmo após operado, que
minha coluna nunca mais será
a mesma. Grande descoberta!
JÚLIO VERÍSSIMO , 46, é coordenador da Agência Folha e, acredite, faz caminhadas, natação e
alongamento para evitar novamente a mesa cirúrgica
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