|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SANTOS
Telma de Souza (PT), 46%, deve ir ao 2º turno com Papa (PMDB), 26%
Petistas tentam retomar poder após 8 anos
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Oito anos depois de ser desalojado do poder em Santos pelo
atual prefeito, Beto Mansur (PP),
o PT tenta hoje retomar a administração da maior das nove cidades da Baixada Santista.
Antes dos oito anos da gestão
Mansur, o PT administrou a cidade por dois mandatos consecutivos: com Telma de Souza (1989-1992) e com seu sucessor, David
Capistrano Filho (1993-1996), que
morreu em novembro de 2000.
Porém brigas internas no partido fizeram que a mesma Telma
fosse derrotada na tentativa de
voltar ao poder. E hoje, caso as urnas confirmem os resultados das
mais recentes pesquisas eleitorais
realizadas na cidade, que fica a 85
km a sudeste de SP, o eleitorado
santista deve se deparar com um
cenário político já conhecido.
Nas duas últimas eleições, apesar de não ter vencido, a deputada
federal Telma de Souza (PT) foi
ao segundo turno com o atual
prefeito, Beto Mansur (PP).
Os índices apontam agora que o
segundo turno pode ser realizado
entre a candidata Telma e João
Paulo Tavares Papa (PMDB),
atual vice-prefeito e candidato do
governo Mansur.
Na mais recente pesquisa Ibope
(realizada nos dias 27 e 29 de setembro), Telma aparece com 46%
dos votos válidos. Papa tem 26%
da preferência do eleitorado e é
seguido por Vicente Cascione
(PTB), com 13%, e Raul Christiano (PSDB), com 9%.
Assuntos de interesse nacional,
como a regionalização do porto,
geração de emprego, aeroporto
civil metropolitano, turismo, saúde e educação, permearam a campanha eleitoral. Os candidatos
também usaram entre si críticas
diretas e indiretas, exceto Telma,
que manteve uma atitude semelhante à utilizada por Lula na
campanha que o elegeu presidente da República. "Também fui
provocada, mas não respondi."
Ânimos alterados
Neste domingo, a expectativa é
de uma votação tranqüila, apesar
de os ânimos terem se alterado na
semana que passou. Durante debate na TV, Cascione acusou o Estado, administrado pelo PSDB de
Raul, de não ter dado atenção
adequada à educação infantil.
O candidato tucano respondeu
afirmando que Cascione "não entendia nada de educação", apesar
de ser professor. Em outra oportunidade, Raul perguntou a Papa
se ele considerava o prefeito Beto
Mansur (PP) e lideranças nacionais de partidos que apóiam sua
candidatura, como Antonio Carlos Magalhães (PFL), Paulo Maluf
(PP) e Enéas Carneiro (Prona),
"exemplos de ética". Papa respondeu chamando o adversário
de "antiético".
O calor da disputa chegou às
vias de fato, com agressões físicas
registradas em distrito policial. A
briga envolveu chutes, pontapés e
bandeiradas entre cabos eleitorais
petistas e peemedebistas.
Texto Anterior: Grande São Paulo: PT lidera em Guarulhos, mas é dúvida em Osasco Próximo Texto: Eleições 2004 / Campinas: Desgastado por gestão, PT luta pelo 2º turno Índice
|