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ELEIÇÕES / CAMPINAS
Luciano Zica disputa com Dr. Hélio (PDT) para enfrentar tucano
Líder hoje, Carlos Sampaio foi derrotado por Toninho em 2000
Desgastado por gestão, PT luta pelo 2º turno
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Desgastado pela gestão iniciada
em 2001, o PT corre o risco de perder o governo em Campinas (SP),
a maior cidade do interior paulista e a terceira maior do Estado.
O deputado federal Luciano Zica (PT), com 15%, é o terceiro na
última pesquisa Ibope, mas empatado na margem de erro (quatro pontos) com Dr. Hélio (PDT),
que tem 21%. Carlos Sampaio
(PSDB), com 37%, lidera com folga desde o início da campanha.
Sampaio perdeu o segundo turno em 2000 para Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, assassinado em setembro de 2001.
O início do desgaste petista em
Campinas teve como marco o racha gerado na administração
após a morte de Toninho. Semanas depois, o grupo da vice-prefeita Izalene Tiene (PT) exonerou
a maioria dos secretários ligados a
Toninho e deixou clara a existência de uma divisão no partido.
A partir daí, o PT enfrentou
uma série de greves dos servidores municipais, que desgastou
ainda mais a administração. A situação culminou na desistência
de Tiene em se candidatar à reeleição, amparada por pesquisa interna que apontou, em dezembro
passado, a reprovação do governo
dela por 70% dos campineiros.
Na tentativa de resgatar a imagem de união do PT na cidade, a
campanha de Zica usou imagens
de Toninho em sua propaganda,
mas, a própria viúva de Toninho,
Roseana Garcia, reprovou a utilização das imagens do prefeito.
Mesmo em desvantagem nas
pesquisas, a campanha petista
aposta numa arrancada e na militância para reviver o segundo turno com o PSDB após quatro anos.
""Vamos passar para o segundo
turno na reta final", disse Zica, ao
detectar o crescimento da candidatura nas últimas pesquisas.
Na campanha, Zica teve apoio
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que inaugurou obras na cidade no início do período eleitoral, do ministro José Dirceu (Casa
Civil), do senador Aloizio Mercadante (PT) e do presidente do PT,
José Genoino, que disse que Campinas ""era uma das prioridades
nacionais" petistas nas eleições.
A origem da dívida de R$ 1,55
bilhão da prefeitura foi um dos
principais temas da campanha. A
gestão petista alega que os R$ 12
milhões gastos por mês com juros
comprometem os investimentos
e acusa as duas administrações
tucanas anteriores como principais responsáveis pela dívida. O
PSDB nega ter contraído o débito.
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