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Residência qualifica médicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Formada pela USP, Cristiane
Leite passou em primeiro lugar na
prova de residência do Hospital
das Clínicas, onde se especializou
em atendimento clínico-cirúrgico
de estrabismo e de retina. "Na
verdade, eu sempre fui CDF, desde a escola", diz, encabulada.
Apesar de afirmar sempre ter tido certeza da profissão que queria
seguir, só no quarto ano da faculdade Cristiane decidiu-se por oftalmologia. "Eu não queria seguir
apenas a área clínica nem somente a cirúrgica. Na oftalmologia,
encontrei o equilíbrio. Hoje, tanto
acompanho e atendo pacientes
como opero. As cirurgias de oftalmo são lindas, e o contato com o
paciente é importantíssimo na
profissão."
Cristiane lembra que, quando
um jovem opta por fazer medicina, a família tem de optar junto.
"A faculdade são seis anos em período integral. Então são seis anos
sem trabalhar." Um médico só
começa a ganhar uma bolsa-salário na residência, que pode variar
de três a cinco anos, dependendo
da especialidade. A média das
bolsas é de R$ 1.200.
A residência médica foi instituída em 1977 e é uma espécie de
pós-graduação destinada a médicos sob a forma de curso de especialização. É ministrada em instituições de saúde -na maioria
hospitais, mas há algumas clínicas que a oferecem com a autorização do MEC (Ministério da
Educação)-, sob a orientação de
médicos mais qualificados profissionalmente.
"Um médico ganha o registro
no CRM (Conselho Regional de
Medicina) depois dos seis anos de
faculdade, torna-se um clínico-geral. Mas é a residência que o
torna apto a exercer cada área especificamente. E a prova para entrar na residência é muito mais difícil que qualquer vestibular",
afirma Cristiane.
Entre as especialidades reconhecidas pelo conselho estão cirurgias (plástica, cardiovascular,
pediátrica geral etc.), angiologia,
endocrinologia, radioterapia,
neurologia, entre outras.
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