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ENGENHARIA
Acompanhamento de obras e atividade no escritório dividem expediente
DA REPORTAGEM LOCAL
Natural de Assis, no interior de
São Paulo, o engenheiro civil Osvaldo Francisco de Carvalho, 48,
trabalha há 19 anos com construção de casas de madeira pré-fabricadas e de alvenaria.
Mas, no início da carreira,
quando, segundo ele, o mercado
de trabalho era menor, já fez topografia (representação no papel
da configuração de uma porção
do terreno com todos os acidentes
e objetos que se achem na superfície) e prestou assessoria a empresas de seguro imobiliário.
"Naquele tempo, a engenharia
não tinha tantos desdobramentos
como hoje. Era civil, mecânica, de
produção e mais uma ou outra. A
civil era a que proporcionava a
maior variedade de trabalho. Um
engenheiro civil podia trabalhar,
além da realização de projetos e
de obras, com venda de material e
de produtos, com regularização
de imóveis, com segurança e
aprovação de projetos em órgãos
responsáveis."
Na empresa em que trabalha,
Carvalho não cuida especificamente dos projetos, que são feitos
por duas arquitetas, mas de tudo
o que é preciso para viabilizá-los.
"Minha primeira ação é sempre
visitar o terreno e verificar tudo o
que é preciso para a implantação
do imóvel, como qual o tipo de
fundação necessária, como deve
ser posicionada a casa em relação
ao sol etc."
Depois, ele faz o levantamento
do material necessário para executar o projeto e o planejamento
da mão-de-obra necessária para a
obra.
"Todo o material é calculado
exatamente. Não pode faltar ou
sobrar uma peça. Como a maior
parte de nossos trabalhos são casas no litoral e no interior, temos
de evitar muitas viagens desnecessárias. E a mão-de-obra é sempre terceirizada. Já trabalhamos
com uma equipe há muito tempo,
o que me poupa de fazer um
acompanhamento diário da obra.
Como as construções em geral
são rápidas, cerca de seis meses,
vou algumas vezes e na entrega
das chaves."
Carvalho diz que o que mais
gosta em seu trabalho é justamente a divisão entre escritório e campo. "Não agüentaria ficar só no
escritório, em serviço burocrático, nem só na obra. Alguns engenheiros "levam" seu escritório para as obras, pois têm de ficar lá do
começo ao fim. Eu já gosto mesmo da falta de rotina. De fazer um
pouco de tudo", afirma.
Com isso, de acordo com ele,
apesar de o bom andamento de
seu trabalho depender de terceiros -como fornecedores, arquitetos, operários de obras etc.-, é
mais centralizado no engenheiro.
"Não chega a ser um trabalho em
equipe, pois as minhas tarefas eu
as desenvolvo sozinho, mesmo no
caso de passar funções para os outros", explica.
(MS)
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