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MODA
Faculdade dá carga teórica à profissão antes exercida apenas com talento
DA REPORTAGEM LOCAL
A parceria entre Tatiana Leite,
26, e Andréa Simioni, 28, começou com uma viagem de um ano
pela Ásia. Indonésia, Singapura,
Tailândia, Malásia e Vietnã fizeram parte do roteiro. Colegas da
faculdade de moda -se formaram na Santa Marcelina-, elas
são sócias da Casa 15, uma charmosa loja localizada em Pinheiros
(zona oeste de São Paulo), na qual
vendem objetos de decoração e
acessórios
trazidos de
suas viagens e
criações próprias. Tatiana
cria roupas e
Andréa desenha bijuterias
finas. Outro
produto de
destaque na
loja são as fotografias artísticas tiradas por elas
nas viagens e
emolduradas
com a criatividade de
profissionais
de moda. "A
fotografia
também é
uma alternativa na faculdade. Eu,
por exemplo, fiz o meu projeto final em foto", diz Tatiana.
Ela conta que, no início, as duas
faziam de tudo na loja, inclusive a
faxina. "Hoje temos duas vendedoras, uma costureira-modelista
e uma copeira-ajudante. Assim,
ficamos mais com a parte administrativa e com a criação e decisão de coleções", diz.
Segundo Tatiana, o essencial
para quem quer fazer faculdade
de moda é ter criatividade e estar
sempre muito antenado. Vê-la
hoje, aos 26 anos, com uma loja
montada pode dar a falsa impressão de que é uma carreira de fácil
sucesso. Mas Tatiana adianta que
não é bem assim.
"É um mundinho muito fechado. Quem quer entrar e não tem
contatos deve estar disposto a começar do primeiro degrau. Eu tive sorte. O melhor caminho para
começar é sendo assistente de algum estilista já conceituado ou estabelecido. É a melhor forma de
aprender."
Essa dica, segundo ela, é válida para quem
quer ser estilista.
Mas essa não é a
única opção para quem faz faculdade de moda. "Tenho amigas que são designer de jóias e
outras que seguiram a área de
fotografia. É
uma questão de
direcionamento." O mercado
de trabalho para
formados em
moda está cada
vez mais amplo.
Enquanto antes
o profissional
seguia apenas seu talento, hoje,
com a formação teórica da faculdade, ele pode atuar em toda a cadeia produtiva dos ramos têxtil e
de confecção, nas áreas de desenvolvimento de matérias-primas,
criação de produtos e de coleções.
Também pode atuar em indústrias de aviamentos e acessórios,
inclusive na área de joalheria. E,
ainda, na prestação de serviços de
moda, como consultoria, assessoria, pesquisa, marketing, produção e fotografia.
(MS)
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