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Estudantes apontam aspectos positivos e negativos
Candidatos vêem antecipação de ingresso como vantagem; menor oferta de cursos é desvantagem
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
Meio do ano pode significar férias para alguns estudantes, mas,
para outros, é uma nova oportunidade de ingressar na faculdade.
A maior parte dos que vão prestar vestibular agora cita vantagens
como pouca concorrência. Mas
os candidatos também citam desvantagens: o menor número de
oferta de cursos é uma delas.
A estudante Natália Giovanini,
18, que vai prestar jornalismo no
Mackenzie e publicidade na Faap,
diz acreditar que é "bem mais fácil
passar" no meio do ano porque "a
concorrência é menor". Contudo
ela se preocupa com o tempo reduzido para estudar toda a matéria e se queixa da menor oferta de
cursos. "Boa parte das grandes
instituições não realiza provas no
meio do ano", diz ela, que, mesmo se for aprovada agora, ainda
vai tentar o vestibular da Fuvest
no final do ano. Outra desvantagem apontada por Natália é o fato
de o curso começar em agosto. "É
muito estranho."
Para Vivian Brull Leme, 18, que
vai prestar Mackenzie e Belas Artes, a principal desvantagem é o
candidato que quer estudar na
USP, por exemplo, não chegar ao
fim do ano se preparando adequadamente para as provas da
Fuvest. "A vantagem é que ainda
assim existem boas faculdades
com vestibular agora, e quem passa adianta a vida em um semestre.
O cursinho dá uma sensação de
estagnação, então isso para mim é
uma supervantagem."
Para Vivian, a concorrência no
meio do ano também é menor.
"Isso é bom porque a lista de espera anda mais rápido", afirma.
Professores e coordenadores
também apontam aspectos positivos e negativos. O professor do
Cursinho da Poli Edson Futema
diz acreditar que o nível de dificuldade do exame no meio do ano
não é menor. O que muda é o domínio que o candidato tem do
programa das provas. "A desvantagem é se o estudante ainda não
tem esse domínio, mas, para
quem quer arriscar, acho que
convém [fazer exames agora]."
Segundo o coordenador de história do Objetivo, Francisco Alves
da Silva, o vestibular de inverno
não é um bom negócio para quem
quer só "ganhar experiência" para o final do ano. De acordo com
ele, se for apenas como treino para direito na USP, por exemplo, é
melhor o estudante resolver simulados da Fuvest do que fazer
vestibular para o mesmo curso
em outra instituição. Com o simulado, treina-se também o estilo do exame.
Silva também afirma que, para
as pessoas que escolheram como
primeira opção cursos ou instituições que não são oferecidas agora,
o melhor é esperar os processos
seletivos do final do ano.
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