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Metrópole nasceu entre rios, em um casebre sobre a colina
DA REPORTAGEM LOCAL
A metrópole de quase 11 milhões de habitantes começou
em um casebre, uma "feliz cabanazinha", nas palavras de padre Anchieta, instalada sobre
um morro em meio ao planalto.
"Que aconteceu naquele dia?
Uma missa, numa casa paupérrima, plantada no meio de uma
aldeia de índios. Quase nada.
Nem foi a primeira missa do
Planalto", conta o jornalista
Roberto Pompeu de Toledo em
seu livro "A Capital da Solidão
-Uma História de São Paulo das
origens a 1900" (Ed. Objetiva,
560 págs). O dia em questão era
25 de janeiro de 1554, quando
foi rezada a "primeira missa",
no Pátio do Colégio e que entrou para a história como o dia
da fundação de São Paulo.
A cidade começou ali, numa
colina cercada por vales -a
geografia facilitava a defesa da
cidade-, na confluência dos
rios Anhangabaú e Tamanduateí -ou seria Piratininga?
De todo modo, o nome tupi
-"peixe seco" ou "peixe a secar", quando as cheias despejam peixes na margem do rio-
foi o adotado pelo povoado. E
Virou São Paulo de Piratininga
no cabeçalho das cartas que padre Anchieta escrevia em 1562.
A igreja matriz foi erguida
cerca de um século depois, mas,
decorrido outro século, era
apenas ruínas. Nessa época, em
1740, o papa Benedito 14 decidiu que São Paulo teria um bispo -sem que a cidade tivesse
onde abrigar o clérigo. Uma
igreja começou a ser erguida ao
lado da antiga, no largo que passou a ser chamado Sé. Por várias vezes reformada, a catedral
sobrevive até hoje, guardiã do
umbigo da cidade -o marco zero de São Paulo- bem na praça
à frente dela.
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