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Mercado se profissionaliza, diz especialista
DA FOLHA RIBEIRÃO
O mercado da moda em Ribeirão Preto está crescendo e
se profissionalizando. Essa é a
avaliação de Leda Braga Ferraz,
coordenadora do curso de moda do Centro Universitário
Moura Lacerda.
Segundo ela, o aumento pode
ser avaliado pela busca por qualificação, além da exigência do
mercado. "Quem está no mercado começa a fazer um estudo
mais aprofundado, além de não
querer trabalhar só com impressões, por isso vão tentando
se informar", disse.
A coordenadora afirmou que
há um espaço para ser explorado. "Você pode observar que
muitas lojas na cidade já vendem peças com informação de
moda, com apelo fashion, e o
público busca isso. O que é importante é que hoje já se consegue comprar peças diferenciadas aqui sem ter que pagar muito pela assinatura do estilista."
Já para Fauzi Tahan, estilista
e professor do curso de moda
do Senac, a cidade ainda está
carente na produção. "Na cidade, tudo se compra, mas se produz muito pouco, já que não
existem confecções em Ribeirão que possam empregar profissionais e estimular suas próprias coleções. Existe um consumidor em potencial, que tem
informação de moda, para um
universo restrito", disse ele.
Apesar de não ser um pólo de
criação, Leda afirmou que já
existem iniciativas nessa área.
"Muitos alunos do curso e mesmo pessoas que trabalham na
área montaram pequenos ateliês, fazem consultorias e assinam suas próprias coleções."
Esse é o caso das estilistas
Camila Ananias e Adriana Saadi, proprietárias da Rouparia
206. As empresárias se inspiraram na própria experiência e
também na de amigas que se
deslocavam até São Paulo para
comprar peças mais modernas
para montar a loja -que tem
roupas desenhadas e confeccionadas por elas- há um ano.
"A marca é nossa, tudo é desenhado e confeccionado aqui
mesmo. Procuramos diferenciar, criar peças exclusivas, roupas mais modernas, tanto para
o dia-a-dia como para festa,
apostando na máxima "roupa
de qualidade e preço legal'",
afirmou Camila.
Na loja podem ser encontradas peças de R$ 50 (blusa) até
R$ 700 (vestido longo de festa).
Ribeirão também tem representantes na alta-costura, como Thomaz Pileggi, estilista
que tem 26 anos de profissão.
"A minha inspiração é a própria cliente. Eu converso, pesquiso e desenho de acordo com
o que ela quer, mas também
inovando em termos de cores,
tecidos e decotes, criando peças
exclusivas e atemporais", disse.
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