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A NOVA FACE DAS PROFISSÕES TRADICIONAIS
Mercado valoriza conhecimento além da área de formação
Robótica, economia e energia são especialidades exigidas de médicos, advogados e engenheiros
BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS
Duzentos anos se passaram
desde que a primeira faculdade
foi inaugurada no país -a Escola de Cirurgia da Bahia.
A seguir, vieram cursos de direito, em 1827 -três anos após
a primeira Carta Constituinte-, e os primeiros títulos de
engenheiro, em 1858, fechando
a tríade das profissões consideradas as mais tradicionais.
Naqueles tempos, a formação desses profissionais acompanhava os primeiros passos de
uma nação: expansão urbana,
criação de uma estrutura jurídica e práticas cirúrgicas.
Hoje, os desafios são mais
complexos, multifacetados.
Aumenta o nível de sofisticação
de especialidades que se multiplicam, especialmente quando
impulsionadas por avanços tecnológicos e econômicos.
Em vez de generalistas, o
mercado pede advogados, engenheiros e médicos mais especializados até em searas que
vão além das de sua formação.
Na sala de cirurgia, antes habitada por sanguessugas, o médico agora opera lado a lado
com robôs. Fora dela, usa a internet para atender e trocar informações com colegas. "Precisamos de envolvimento da saúde com novas tecnologias", diz
Claudio de Souza, representante da Universidade Federal de
Minas Gerais na Comissão Nacional de Telessaúde.
Cheios de energia
Em direito e engenharia, o
crescimento econômico acelera a demanda por conhecimento técnico de campos que estão
em evidência. A preocupação
com suprimento de energia pede tanto engenheiros na exploração de recursos e na construção de usinas como advogados
que amparem a multiplicação
de empresas no mercado.
"Em 2009 teremos 80 novas
vagas para o vestibular e um
curso em engenharia nuclear",
exemplifica Ericksson Almendra, diretor da Escola Politécnica da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro).
Quem se forma em direito
vislumbra outros bons nichos
de atuação, como fusões e aquisições de companhias e bioética. "Não basta mais ter só visão
jurídica. É preciso ser também
um especialista", acredita Juliana Teixeira, sócia do escritório Demarest & Almeida.
Especialistas do mercado e
acadêmicos ouvidos pela Folha
revelam, nas próximas páginas,
algumas das novas faces das
carreiras de medicina, direito e
engenharia. Confira, na internet, cursos para se especializar.
NA INTERNET
www.folha.com.br/081661
pós nas áreas de destaque
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