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Canadá recebe baleias e crianças
Tour pela costa oeste do país une observação dos animais com passeios para os pequenos
PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL AO CANADÁ
Dezessete mil baleias-cinzentas
migram, todos os anos, do oceano
Ártico, onde vivem, para a costa
do México, onde se reproduzem.
E foi para o melhor local para observá-las -o Pacific Rim National Park Reserve, uma faixa de 130
km da costa oeste da ilha de Vancouver, no Canadá- que a Folha
embarcou, em abril, num roteiro
de 854 km com criança a bordo.
O objetivo principal deixou todos um pouco frustrados. Em três
horas mar adentro, avistamos
apenas três, com seus de 11 metros a 15 metros, e só uma deu o
clássico salto para mostrar a cauda -mas, mesmo com zoom 200,
é preciso certo esforço para enxergá-la na foto. Na verdade, são
os leões-marinhos os verdadeiros
astros desse tour de US$ 152.
Tofino, a 316 km de Nanaimo
(onde aporta o "ferryboat" vindo
da cidade de Vancouver), é uma
vila charmosa, com cafés, galerias
de arte e pouco mais de 1.000 habitantes. De março a agosto, seus
25 hotéis, 50 pousadas e quatro
campings lotam de turistas que
embarcam em tours de "whale
watching" (observação de baleias) de 18 empresas de "charter".
Também de Ucluelet (a 25 km
de Tofino), com dez hotéis, 11
pousadas, dois campings e um
navio-resort, saem mais passeios
de outras 13 empresas de "charter", que, além de caçar imagens
dos maiores animais vivos do
mundo, saem igualmente atrás de
águias e ursos, das águas quentes
de Hot Springs e de boa pescaria.
Quem pescar o maior peixe, na
última semana de agosto, ganha
5.000 dólares canadenses (US$
3.250) no Salmon Derby and Festival, em Port Alberni. É nessa cidade, que fica a 90 minutos da
junção Ucluelet-Tofino -numa
estrada em que cedros-rosas e
pseudotsugas roubam o cenário
de sol e neve-, que a criançada se
diverte em passeios de locomotiva (1929) e cargueiros (1960).
De volta a Nanaimo, a opção
mais barata (o "ferryboat" custa
US$ 71) é esticar até Victoria, a 111
km. Fundada em 1843 para ser
um entreposto de peles, tornou-se, em 1871, a capital da Colúmbia
Britânica (embora continue sendo o centro político, foi superada
em tamanho por Vancouver).
Totens gigantes
Imponente, Victoria tem construções históricas -como os prédios do Parlamento (1897), que, à
noite, iluminam as águas da baía;
o romântico Craigdarroch Castle
(1889); e o gótico Empress Hotel
(1905)- e um ótimo museu, o
Royal British, de cultura nativa e
geologia, que recria sinais, sons e
odores de oceanos e florestas.
Na entrada do museu, fica o
compacto Thunderbird Park,
com totens gigantes que contam
lendas de tribos aborígenes da
costa noroeste do Canadá. E, atravessando a rua, o Crystal Garden,
que orgulha-se de seu jardim tropical com 65 espécies diferentes
(mas uma decepção para quem
vem do Brasil), um dos muitos
que se espalham por Victoria.
Com o carro na estrada rumo ao
"ferryboat", vale a pena desviar na
pitoresca Chemainus, ponto de
partida para as 200 ilhas de Southern Gulf. A cidade de 4.000 habitantes ficou conhecida por seus
32 murais gigantes (de nativos cowichan, pioneiros e lenhadores),
pintados por artistas locais, que
contam a história da região. Nesse
tour a pé, vale a pena vasculhar as
lojas de antiguidades e artesanato.
Patrícia Trudes da Veiga, editora de
Suplementos, viajou a convite de Student International Programs e Brazilian
Express em um carro cedido pela Ford
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