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Celular é usado na classe até para colar em provas
O celular já chegou à maioria
(73%) dos jovens brasileiros
e, com eles, às salas de aula
-17% afirmam utilizá-lo nesse
ambiente e 9%, para colar nas
provas. O uso em sala é mais comum
nas classes A e B (23% dos
que possuem o aparelho) do que
nas classes D e E (13%).
Escolas tiveram que criar regras
para impedir que os aparelhos
atrapalhassem as aulas. O
Colégio Bandeirantes, de São
Paulo, por exemplo, permite
o uso no pátio e nos intervalos,
mas o restringe em dias de
prova. "Se o aluno estiver com
o aparelho no bolso, já pode ter
a prova anulada", diz o coordenador
pedagógico, Onofre Rosa.
Ele conta que os professores tiveram
de aprender a lidar com
problemas envolvendo aparelhos
eletrônicos.
Já o Colégio Piaget chegou a
proibir o uso em qualquer local.
"Eles recebiam ligações na sala e
corriam ao banheiro para atender",
diz a diretora pedagógica,
Silvana Rodrigues. Hoje, porém,
a escola permite que o aluno utilize
o celular no pátio.
Segundo Regina Fleuss, do
Colégio Notre Dame, do Rio, foi
preciso adotar uma "tolerância
zero". Ela diz que alunos e pais já
entenderam que, caso precisem
entrar em contato, devem usar o
telefone da escola.
Querido mestre
Os jovens brasileiros fazem
uma boa avaliação de seus professores
e dão a eles, de zero a
dez, uma nota média 8,1. Para a
maioria (71%), o que se aprende
na escola tem muita utilidade
em suas vidas.
O percentual é ainda mais
alto entre jovens das classes D e
E. Eliane Ribeiro, professora da
UERJ (Universidade Estadual
do Rio de Janeiro), diz que a população
pobre valoriza muito a
escola porque sua rede de oportunidades
é mais restrita. "Um
garoto de classe média tem uma
rede de amigos e familiares que
o ajudará a encontrar um emprego.
Para um jovem mais pobre,
isso é mais difícil." (AG E GH)
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