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PENTA
Scolari não repetiu a escalação duas vezes seguidas
Mundial consagra seleção mutante
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
A campanha vitoriosa da seleção brasileira na Ásia consagrou o
estilo mutante de Luiz Felipe Scolari ao escalar o time.
O Brasil foi campeão sem ter repetido a mesma escalação em dois
jogos seguidos. Somente na final,
contra a Alemanha, o time considerado titular foi a campo sem
qualquer tipo de dúvida sobre ele.
Quando a seleção ainda se preparava na Malásia, em maio, Scolari disse que escalaria o time conforme o adversário e que o torcedor não teria o tradicional "11 canarinho" na ponta da língua.
Dito e feito. Já na primeira semana de treinamentos em Ulsan
(Coréia do Sul), Scolari surpreendeu ao confirmar o meia Juninho
como titular. O jogador não fazia
parte do grupo de cotados para ficar com a vaga na posição.
Logo após a estréia, contra a
Turquia, o treinador mexeu no time: trocou Edmilson por Anderson Polga. Não deu muito certo,
pois o zagueiro gaúcho ficou perdido no esquema montado por
Scolari para bater a China.
Para o último jogo da primeira
fase, contra a Costa Rica, o treinador poupou Ronaldinho, Roberto
Carlos e Roque Júnior. Entraram
Edílson, Júnior e Edmilson. O último não saiu mais do time.
A estréia no mata-mata marcou
o retorno do "11" que estreou na
Copa. Mas, após a vitória sobre a
Bélgica, em que o time apresentou
um buraco no meio-campo, Scolari mexeu na equipe para pegar a
Inglaterra nas quartas-de-final.
Temendo o rival, o treinador sacou Juninho e escalou Kleberson,
até então esquecido, que acabou
fazendo um de seus melhores jogos na Copa Coréia/Japão.
O time parecia estar pronto.
Mas Ronaldinho foi expulso contra os ingleses, o que causou nova
mudança para pegar a seleção
turca na semifinal. Jogou Edílson.
Na partida decisiva, contra a
Alemanha, o "11" titular -Marcos; Lúcio, Edmilson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kleberson, Ronaldinho e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo- pôde
entrar em campo e na história.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO, JOSÉ ALBERTO
BOMBIG, PAULO COBOS, ROBERTO DIAS,
RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)
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