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Lampejo

Hostilizado por brasileiros no Maracanã após erro, Messi responde com gol ao seu estilo, e Argentina vence Bósnia por 2 a 1 na estreia

ALEX SABINO ENVIADO ESPECIAL AO RIO ITALO NOGUEIRA DO RIO

Eram 17 minutos do segundo tempo quando Lionel Messi cobrou uma falta próxima ao gol. Chutou por cima, para delírio da torcida brasileira no Maracanã, que torcia abertamente pela Bósnia.

"Ei, Messi! Vai tomar no...", gritaram no minuto seguinte.

Segundos mais tarde, o camisa 10 recebeu passe na intermediária. Tabelou com Higuaín, passou por dois e chutou no canto esquerdo. A bola bateu na trave e entrou.

O atacante quatro vezes melhor do mundo (entre 2009 e 2012) não teve atuação sensacional neste domingo (15), mas precisou de apenas um grande momento para decidir a partida. A Argentina estreou na Copa vencendo a Bósnia (2 a 1), pelo Grupo F.

Todos os olhos estavam sobre Messi. Ele foi o mais aplaudido pela torcida argentina, que era maioria no estádio. Por ser o capitão, liderou o time na hora de ir a campo.

A imprensa portenha chama o torneio no Brasil de "a Copa de Messi". Mais um peso nos ombros de um jogador que, apesar das conquistas pelo Barcelona, não costuma ser o mesmo pela seleção.

Até a estreia nesta Copa, tinha apenas um gol marcado em duas participações em Mundiais (2006 e 2010).

Demorou 50 segundos para Messi tocar na bola pela primeira vez. Um passe lateral e estéril, que representou sua incapacidade de ser protagonista no primeiro tempo.

Aberto pelo lado esquerdo, não tinha com quem trocar passes, sempre marcado por dois adversários. Seu companheiro de quarto e amigo Agüero estava perdido no meio dos zagueiros.

"Estamos acostumados a jogar com quatro na frente. Temos jogado assim geralmente. É a primeira partida, tem ansiedade, jogamos com cinco atrás. No segundo tempo mudou, melhorou, tivemos mais a bola, criamos mais ocasiões. Gostamos de jogar mais assim", declarou Messi, 26, após a partida.

"Quatro na frente" representa estar ao lado de Di María, Agüero e Higuaín. Faltava o último, e Alejandro Sabella o colocou no intervalo.

A mudança no desempenho de Messi foi imediata. Com liberdade total, conseguia estar mais com a bola. A Argentinha vencia por 1 a 0 graças a um gol contra de Kolasinac. Messi dobrou essa vantagem na etapa final.

A comemoração foi explosiva. Não foi blasé, como é de seu feitio. Apontou para o céu como sempre, mas, em seguida, foi celebrar com a torcida e deu um soco no ar.

Poderia ter feito mais. Tentando partir para o ataque, a Bósnia afrouxou a marcação. Messi teve chance para outros dois gols. Não marcou.

"Nós não temos como parar Lionel Messi. Só Lionel Messi pode parar Lionel Messi", resumiu o treinador da Bósnia, Safet Susic.

"O gol foi um momento de muita alegria. Tinha muita vontade de marcar [em Copa do Mundo]", concluiu o craque, alimentando o sonho argentino de que esta pode ser realmente "a Copa de Messi".


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