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Criado em 'potrero' de Rosário, Dí Maria pode voltar ao time
MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL A ROSÁRIO"Sin potrero no hay Ángel Di María." A frase está pintada no muro em frente ao clube onde o craque argentino começou a jogar, ainda criança, no bairro La Cerámica, afastado do centro de Rosário e considerado perigoso.
"Potrero" é o campo de várzea, de terra, irregular, feito em qualquer terreno.
Pois ali, no Club Atlético El Torito, na segunda maior cidade argentina, Di María se formou. Hoje, a sua imagem fazendo um coração com as mãos para comemorar o gol contra a Suíça enfeita a fachada do pequeno clube.
Na partida seguinte, o camisa 7 da seleção se contundiu, e ficou fora da semifinal.
Neste sábado (12), ele participou de todo o treino realizado no estádio do Vasco, em São Januário. No meio da atividade, chegou a entrar na equipe titular, no lugar de Enzo Pérez. Ao deixar o gramado, pareceu mancar.
Seus amigos esperam que ele possa participar da final.
Dez deles embarcaram neste sábado para o Rio, em um voo fretado pelo jogador e com os ingressos da decisão dados de presente pelo amigo de infância.
"Não me surpreende a atitude dele. É um craque e sempre foi muito humilde. Gosta de estar com sua gente", disse à Folha Ángel Samuel Bazán, tio de Di María.
A ligação com as origens é tão grande que Di María tatuou no braço a frase: "Nacer en la Perdriel fue y será lo mejor que me pasó en la vida".
Nascer e crescer na Perdriel, rua do bairro pobre da zona sul rosarina, fez dele um exemplo e ídolo local. Primeiramente, por ter jogado no Rosário Central. O que o transforma em "melhor que Messi" para alguns rosarinos.
Depois, por manter a ligação com os amigos do bairro, onde seu pai era dono de uma carvoaria.
Sete dos amigos que vão assistir ao jogo no Rio, por exemplo, têm uma outra tatuagem igual a de Di María.