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Explode o número de empresários Fifa
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Início de 2001. Para fazer um
pente-fino nos empresários credenciados por ela, a Fifa resolve
mudar o estatuto da profissão.
Maio de 2003. Com menos exigências financeiras e facilidades
no processo, o número dos chamados agentes Fifa explode.
Em pouco mais de dois anos, o
que era para ser um funil na obtenção de uma licença para negociar jogadores pelo mundo acabou virando um convite.
Entre 1995, quando foi criada a
figura do empresário credenciado
pela entidade que controla o futebol mundial, e o final de 2000, 600
pessoas conseguiram a licença.
Já nos últimos 28 meses, com a
nova legislação em vigor, quase
800 empresários conseguiram a
autorização dada pela Fifa.
No Brasil, o inchaço foi ainda
maior. Ao final de 2000, apenas 19
agentes tinham a licença. Hoje, o
número passou para 52.
Alterada para tornar-se mais rigorosa, a regulamentação, na verdade, teve um efeito contrário.
Antes, o interessado tinha que
passar por um teste na sede da Fifa, em Zurique. Agora, pode fazer
isso na federação local.
Financeiramente também ficou
mais fácil ganhar o diploma.
Até o final de 2000, o interessado precisava fazer um depósito de
cerca de US$ 100 mil para a entidade, que servia como garantia
em caso de uma negociação mal
resolvida. Hoje, basta que o agente faça uma apólice de seguro.
Sem a necessidade de investimento grande, a figura do agente
se democratizou. Em 1998, apenas
42 países tinham pelo menos um
representante. Hoje, são 74.
Por aqui, as mudanças nas regras também beneficiaram a democratização da profissão.
No início, apenas figurões, como Reinaldo Pitta, que cuida dos
negócios de Ronaldo, tinham o
diploma dado pela Fifa na parede.
Agora, eles estão espalhados pelo país inteiro, e tratam também
de negócios bem menos famosos.
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