São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004

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MEMÓRIA

Comitê Olímpico muda presidente a cada dez anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Falta de rotatividade de poder não é exclusividade das federações. No Comitê Olímpico Brasileiro, alternância de poder também é fato bem raro.
Desde que se organizou de forma definitiva, em 1935, o órgão responsável por gerir o esporte olímpico teve apenas sete presidentes, o que dá praticamente um a cada dez anos.
No mesmo período, a CBF, outra entidade marcada por longas administrações, teve nove dirigentes máximos.
Comparado com o cargo máximo da república o COB ganha ares de ditadura soviética.
O Brasil teve mais de 20 presidentes desde 1935, e com exceção de Getúlio Vargas nenhum teve a sede de poder que acompanha boa parte dos cartolas na história do Comitê Olímpico Brasileiro.
Antes de Carlos Arthur Nuzman, que no ano que vem completa dez anos no cargo, outros dois dirigentes tiveram tempo de sobra para mostrar trabalho. José Ferreira Santos comandou a entidade entre 1950 e 1963. Sylvio de Magalhães Padilha foi o recordista -ele presidiu o COB entre 1963 e 1990.
Nenhum deles foi capaz de transformar o Brasil em uma potência esportiva -o país ainda continua atrás da vizinha Argentina em ouros olímpicos (13 a 12). (PC)


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