|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Comitê Olímpico muda presidente a cada dez anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Falta de rotatividade de poder não é exclusividade das federações. No Comitê Olímpico
Brasileiro, alternância de poder
também é fato bem raro.
Desde que se organizou de
forma definitiva, em 1935, o órgão responsável por gerir o esporte olímpico teve apenas sete
presidentes, o que dá praticamente um a cada dez anos.
No mesmo período, a CBF,
outra entidade marcada por
longas administrações, teve
nove dirigentes máximos.
Comparado com o cargo máximo da república o COB ganha ares de ditadura soviética.
O Brasil teve mais de 20 presidentes desde 1935, e com exceção de Getúlio Vargas nenhum
teve a sede de poder que acompanha boa parte dos cartolas na
história do Comitê Olímpico
Brasileiro.
Antes de Carlos Arthur Nuzman, que no ano que vem completa dez anos no cargo, outros
dois dirigentes tiveram tempo
de sobra para mostrar trabalho. José Ferreira Santos comandou a entidade entre 1950
e 1963. Sylvio de Magalhães Padilha foi o recordista -ele presidiu o COB entre 1963 e 1990.
Nenhum deles foi capaz de
transformar o Brasil em uma
potência esportiva -o país
ainda continua atrás da vizinha
Argentina em ouros olímpicos
(13 a 12).
(PC)
Texto Anterior: Atenas 2004: Sem suar, cartolas fazem de Jogos rotina Próximo Texto: Atenas 2004: Agência aperta cerco ao doping olímpico Índice
|