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BOXE
Maior atração do esporte abaixo dos pesados diz que faz só mais 4 lutas e que logo trocará ringue por ar condicionado
De la Hoya inclui Brasil em seu futuro
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Principal atração do pugilismo
abaixo dos pesos-pesados, o americano Oscar de la Hoya, campeão
dos médios-ligeiros por CMB e
AMB, incluiu brasileiros em seu
futuro e confirmou que atravessa
processo de transição de boxeador para homem de negócios.
Além de ter diminuído o número de lutas em que deve participar
anualmente e adquirido empresa
de promoção de lutas, que já tem
brasileiro sob contrato, De la Hoya confirmou à Folha que se aposentará em breve e que "ficaria encantado" em co-organizar uma
luta de Acelino Freitas, o Popó.
Ao ser questionado se os seus
últimos passos indicam que será
cada vez mais comum vê-lo no
papel de homem de negócios do
que nos ringues, De la Hoya concordou e até mesmo especificou
prazo para pendurar as luvas.
"Creio que sim, creio que sim,
farei no máximo mais quatro
combates", afirmou o lutador.
A decisão de enxugar sua agenda provocou descontentamento
em seu promotor, Bob Arum, dono da Top Rank. "Acho que a decisão de lutar uma vez por ano é uma reação à vontade de sua mulher. Não é algo inteligente do
ponto de vista atlético, mas, enfim, é ele que sobe ao ringue."
O lutador reconhece que a teoria é verdadeira. "Minha mulher
tem muita influência em minha vida, me pediu para lutar menos.
Mas expliquei a ela que amo o boxe, e ela entendeu [o que abriu a
possibilidade de De la Hoya lutar mais de uma vez ao ano]."
Em outra situação curiosa relacionada a Arum, em seu site na
internet, De la Hoya, 30, classifica
a Top Rank como sua concorrente ao citar seu contratado brasileiro Kelson Pinto. Os planos para o
brasileiro meio-médio-ligeiro são
ambiciosos. O empresário De la
Hoya vê um título na cintura do
brasileiro "até o final deste ano ou
início do próximo". Apesar disso,
reconhece que "falta mais experiência para ganhar um cinturão".
Kelson tem 17 vitórias (15 nocautes). O rival que enfrentou em
sua estréia como contratado de
De la Hoya, no mês passado, não
acrescentou muito: tratou-se do
veterano Richard Savage, 41.
"Assinei com ele por ter assistido a lutas suas e ter achado que ele
é muito bom no modo como atira
os golpes. Ele sabe usar bem a distância", conclui De la Hoya, que
justifica da seguinte maneira sua
decisão para se transformar em
empresário: "Afinal, somos nós
[atletas] que fazemos o esporte".
Os campeões dos meio-médios-ligeiros são o russo Kostya Tszyu
(CMB, AMB e FIB) e o americano DeMarcus Corley (OMB).
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