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PINGUE-PONGUE
Americano dá conselhos de marketing a Popó
DA REPORTAGEM LOCAL
O norte-americano Oscar de
la Hoya segue a filosofia de que
tão importante quanto o que
acontece dentro dos ringues
são as atividades fora dele,
principalmente o que é registrado em atividades públicas.
É este o conselho que De la
Hoya, que no dia 3 de maio enfrenta Yori Boy Campas, deu a
Acelino Freitas, o Popó.
O brasileiro vem reclamando
da falta de patrocínios e recentemente chegou até a afirmar
que gostaria de se naturalizar
americano por este motivo.
De la Hoya, por outro lado,
conta com 14 patrocinadores,
acumula centenas de milhões
de dólares em patrimônio, concorreu ao Grammy, e seus
combates são responsáveis por
alguns dos maiores recordes de
renda abaixo da categoria dos
pesos-pesados.
(EO)
Folha - Você conhece Acelino
Freitas? O que acha dele?
Oscar de la Hoya - É um bom
lutador. Tem muito talento, é
muito rápido. Gosto dele.
Folha - Freitas se queixa por
causa da dificuldade em conseguir contratos de patrocínio...
De la Hoya - No boxe é difícil
obter patrocínios. O que aconteceu comigo nos Jogos Olímpicos de Barcelona [foi medalha de ouro, em 1992" me ajudou muito a obtê-los. Além disso, tenho fãs muito fiéis.
Folha - O que sugere a Freitas?
De la Hoya - O que posso dizer
é que dentro do ringue tenho
tido sucesso, com muitos títulos. Mas creio que o mais importante são as atividades fora do ringue, como uma pessoa se
porta, como trata seus fãs, isso
é muito importante. O que posso dizer a Freitas é que sempre
que conceder entrevistas se
porte bem, apareça sorrindo e
tenha paciência com todos seus
fãs. As pessoas das companhias
vão acabar notando isso. E, no
ringue, Freitas deve se concentrar em treinar forte, lutar bem
e ganhar lutas importantes.
Folha - Parece que para os lutadores abaixo da categoria dos
pesos-pesados é difícil conseguir patrocínios.
De la Hoya - Essa é uma coisa
que não entendo. Os pugilistas
das categorias menores são os
que atiram mais golpes, e as lutas são mais emocionantes.
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