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ATLETISMO
Evento de São Paulo, última chance para definição de vaga olímpica, condiciona pagamento à obtenção de marcas
Maratona cria prêmio por produtividade
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Prazo final para os brasileiros
garantirem classificação olímpica, a 10ª Maratona de São Paulo dá
largada hoje, nas ruas da capital
paulista, com uma inovação inusitada: alguns prêmios só serão
pagos caso os competidores atinjam determinada marca.
Os cinco primeiros colocados
do masculino e do feminino terão
sua premiação garantida. No entanto os atletas que chegarem entre sexto e décimo lugar terão que
atingir uma meta. Se não cumprirem o percurso em menos de
2h21min, no caso dos homens, e
2h43min, para as mulheres, voltarão para casa com as mãos vazias.
"Isso não é prêmio, é castigo",
reclama Henrique Viana, técnico
de Alex Januário e William Amorim. "Não conheço nada semelhante no mundo. Em algumas
provas, o atleta que recebe cachê
ganha um bônus se conseguir um
certo tempo. Mas retirar dinheiro
do competidor é novo para mim."
Essa regra de premiação foi introduzida neste ano. Se tivesse sido seguida em 2003, quando a
maratona teve percurso idêntico,
nenhum corredor que chegou entre o sexto e o décimo lugar receberia os R$ 1.000 de premiação.
"Achei estranho ter um tempo
estipulado. Se o cara chegar em
sexto lugar, tem que receber seu
prêmio", defende José Teles,
quinto colocado no ano passado,
com o tempo de 2h20min54s.
Segundo a organização, porém,
os atletas aprovaram a iniciativa.
"Eles acharam motivadora a nova
regra, já que estimula a obtenção
de melhores índices", afirma Thadeus Kassabian, diretor da Yescom, organizadora da maratona.
Polêmicas à parte, hoje é o prazo
final para a definição dos brasileiros que correrão a maratona nos
Jogos de Atenas. Por ora, os classificados são Vanderlei Cordeiro de
Lima, André Luiz Ramos e Rômulo Wagner da Silva. No feminino, Márcia Narloch e Marlene
Fortunato já atingiram o índice.
Para um competidor ficar com a
vaga olímpica, terá que ao menos
baixar a marca de Silva na Maratona de Roterdã (2h11min28s).
Somente três atletas de cada país
podem competir na Olimpíada.
"Vai ser difícil conseguir isso,
não posso negar. Mas não é impossível", crê Genílson Júnior Silva, atual campeão da prova.
Entre as mulheres a competitividade é menor. Para ir à Grécia,
basta a atleta obter o índice olímpico (2h37min). "Minha meta é
fazer a prova em 2h35min. Não
medi esforços em minha preparação", conta Maria do Carmo Arruda, vencedora do ano passado.
NA TV - Globo, ao vivo, a
partir das 8h20
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