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Equipe brasileira é definida a 5 dias da estréia
DOS ENVIADOS A ULSAN
A escalação da seleção também
foi dramática. Depois de quase
um ano no cargo, o técnico Luiz
Felipe Scolari só definiu o time
que vai enfrentar a Turquia, amanhã cedo, em Ulsan, quando faltavam cinco dias para a estréia.
Após testar três jogadores diferentes durante cerca de três semanas de treinamentos para o Mundial, Scolari decidiu esquecer as
experiências e surpreendeu. Ele
vai escalar o "azarão" Juninho, do
Flamengo.
O jogador estava praticamente
esquecido e não era escalado no
time titular nos treinos, ao contrário dos volantes Vampeta, do Corinthians, Kleberson, do Atlético
Paranaense, e Gilberto Silva, do
Atlético Mineiro.
"A minha escalação foi uma glória", disse Juninho, que por pouco
não ficou fora do Mundial. O jogador foi o penúltimo escolhido
de Scolari na lista dos 23 convocados. O meia do Flamengo foi chamado porque o treinador decidiu
não convocar um quinto zagueiro
para a Copa -Juan.
Na Copa de 1998, Juninho ficou
de fora dos convocados por Zagallo por estar se recuperando de
uma grave contusão no tornozelo.
O meia teve uma recuperação
rápida, mas não convenceu o treinador da época a chamá-lo.
A entrada de Juninho no time titular às véspera da Copa é mais
um capítulo da conturbada formação da equipe. Desde que assumiu o cargo, o treinador convocou 57 jogadores. Ao assumir o
grupo, ele disse que chamaria, no
máximo, 34 atletas.
A indefinição de jogadores e a
péssima campanha da seleção nas
eliminatórias aumentaram o drama para a definição da equipe. O
time nacional só conseguiu se
classificar para o Mundial no último jogo. A seleção venceu a Venezuela, por 3 a 0, no Maranhão,
em novembro.
Com o time, finalmente, definido, Scolari quer jogar no ataque.
Além de Juninho, ele vai contar
com o trio ofensivo formado pelos três "erres" -Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho. "Esse jogo deve
ser encarado como o último. Não
podemos correr o risco das eliminatórias", disse o treinador.
Apesar de contar com um forte
esquema ofensivo, Scolari vai exigir marcação "total" de todos os
jogadores.
"Quero que o time faça uma
blitz desde a defesa adversária. Se
conseguirmos roubar a bola lá no
ataque, o jogo ficará bem mais fácil", disse o treinador, que reclamou da marcação dos atacantes.
No último coletivo antes da estréia na Copa, os titulares não esconderam o nervosismo com a
proximidade da partida. O coletivo terminou 2 a 2. O atacante Ronaldinho e o lateral Cafu marcaram para os titulares.
Scolari disse que já tem um esquema montado para tentar "furar" a retranca turca. Caso o time
não consiga fazer um gol no primeiro tempo, o atacante Denílson
será escalado.
"Não temo nenhuma retranca.
Na seleção, todos os adversários
jogam contra a gente assim. Não
vai ser novidade", disse Ronaldo.
A maioria dos adversários da
manhã de amanhã é conhecida
dos jogadores brasileiros que atua
na Europa.
"Os dois atacantes deles são
muitos fortes, além de terem uma
boa técnica. Eles não são bobos",
disse Ronaldo, que já foi companheiro de clube de Hakan Sukur,
o principal atacante da Turquia.
O zagueiro Lúcio joga com o
atacante Basturk no Bayer Leverkusen, na Alemanha.
A partida contra a Turquia será
a segunda entre as seleções principais dos dois países. O primeiro
jogo foi em 1956, em Istambul. Na
ocasião, a seleção brasileira venceu por 1 a 0.
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