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Torneio tem marca do improvável e ineditismo
RENAN CACIOLI
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Libertadores deste ano, seja qual for o resultado do jogo
de hoje, ganhará a marca do improvável. Um campeão inédito
e um vice inédito serão conhecidos em um estádio que pela
primeira vez verá a volta olímpica do mais importante torneio interclubes das Américas.
O Maracanã, o palco de futebol mais famoso do continente,
não tinha abrigado ainda a última partida de uma Libertadores. E receberá a primeira decisão desde 1999 (Palmeiras x
Deportivo Cali) entre times
""virgens" em títulos do torneio.
Mais: é a primeira final entre
times que jamais tinham chegado a uma decisão de Libertadores desde 1985 (Argentinos
Juniors x América de Cali).
O Fluminense, único time
brasileiro que entrou na disputa e não tinha título da competição, foi o que chegou mais
longe. E sua campanha é a
maior marca do improvável.
No Grupo da Morte, fez a melhor campanha. E decide o título com outro time que estava
nessa dura chave. O Fluminense aplicou a maior goleada de
um time brasileiro sobre um
adversário argentino na disputa: 6 a 0 no Arsenal de Sarandí.
Após eliminar nos acréscimos o São Paulo, fez algo que só
o Santos de Pelé havia feito em
1963 dentre os times brasileiros: eliminou o Boca Juniors no
mata-mata da Libertadores.
Riquelme jamais havia perdido partida na disputa e sido eliminado por um time brasileiro
no cobiçado torneio. O Boca
Juniors, aliás, teve até outro fato inusitado nesta edição: viu
sua mítica Bombonera ser interditada pela Conmebol, entidade normalmente branda ou
mesmo nula em punições.
Se o Equador pode enfim fazer um time campeão do continente, a Bolívia tende a consagrar pela primeira vez um artilheiro da Libertadores. Marcelo Moreno, que anotou oito gols
na disputa pelo Cruzeiro, está
empatado com o paraguaio Cabañas, do América-MEX.
Moreno só não será goleador
e só não entrará para a história
de seu país e da Libertadores se
Washington, por exemplo, anotar três gols hoje -o artilheiro
tricolor está com seis gols.
O título do Flu, pela história,
é improvável, aliás, pois só uma
vez na era dos mata-matas, em
1989, o time que perdeu o jogo
de ida por dois gols de diferença
acabou campeão continental.
Primeira Libertadores com o
nome Santander atrelado, a
disputa levará o seu campeão
ao Japão para uma despedida,
mesmo que temporária. No ano
que vem, o Mundial de Clubes
será jogado nos Emirados Árabes Unidos -a disputa voltará
ao Japão em 2011 e 2012.
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